Brasília-DF

Denise Rothenburg
postado em 18/09/2021 22:01
 (crédito: Editoria de arte)
(crédito: Editoria de arte)

Prioridade do centro hoje é tirar votos de Bolsonaro

Até meados de 2019, os estrategistas dos partidos de centro acreditavam que seria preciso tirar votos do PT para chegar ao segundo turno e, assim, se preparar para enfrentar Jair Bolsonaro. Agora, diante das trapalhadas do governo, como a suspensão da vacinação dos adolescentes, contrariando pareceres técnicos, agremiações mais de centro estão convictas de que hoje é preciso atrair o eleitorado liberal e os antipetistas que elegeram o presidente da República. Diante dessa constatação, podem esperar que a base aliada, que já não é aquela maravilha, tende a ficar ainda menor.


CPI vai longe

É bom o governo se preparar: a ideia que começa a ganhar corpo no grupo majoritário da CPI da Pandemia no Senado é levar a comissão até novembro.


Vetos, o desafio da semana

O Congresso tem sessão marcada para análise de vetos, inclusive os 34 da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A tendência é o governo tentar adiar. Até aqui, há muita polêmica e praticamente nenhum acordo.


Passaporte para o emprego

Outro ponto que os deputados querem recolocar na LDO se refere aos empréstimos de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para as micro e pequenas empresas. A aposta dos deputados é a de que o governo não conseguirá manter esse veto, ainda mais nesse período de escassez de juros altos no mercado.


As RP9, um calo

Outro veto que os parlamentares sonham em derrubar é o que se refere ao artigo que obrigava o governo a liberar as emendas de relator-geral num prazo de 180 dias. Há um grupo tentando se organizar para restabelecer esse período.


Restos a pagar na mira

A Lei Orçamentária deste ano tem R$ 227,8 bilhões inscritos em restos a pagar. Deste total, R$ 25,6 bilhões são da área de educação. A LDO aprovada pelo Congresso impedia o bloqueio desses recursos e o governo vetou. Agora, vem nova investida para liberação dos recursos dessa área.


CURTIDAS

Mourãozinho paz e amor/ O presidente Jair Bolsonaro e o vice-presidente Hamilton Mourão acertaram os ponteiros. Nem de longe Mourão quer passar a ideia de que entraria num processo de defesa do impeachment de Bolsonaro.

Veja bem/ O ex-deputado Luís Carlos Hauly, que no passado relatou a proposta de reforma tributária encampada pelos senadores, já contabilizou 17 minirreformas tributárias ao longo dos últimos 30 anos. Todas paliativas, que resultaram em aumento da carga. “A vacina é a emenda constitucional que está no Senado. Não dá para adiar mais”, diz.

Onde pegou/ Os policiais viraram uma dor de cabeça para o relator da reforma administrativa, deputado Arthur Maia (DEM-BA). É que cada representante desse segmento no Congresso apresentou uma emenda para a categoria e, agora, cada deputado da bancada da segurança quer que o seu texto prevaleça.

Vaidade, meu pecado predileto/ Como se sabe, Arthur Maia acolheu a emenda que mencionava benefício integral e paridade para policiais que ingressaram no serviço até novembro de 2019, data da reforma da Previdência. Ocorre que cada deputado apresentou um texto diferente para o mesmo fim. E, agora, há uma disputa sobre que texto irá prevalecer.

Enquanto isso, no PSDB.../ O governador de São Paulo, João Doria, conquistou mais um apoio para a prévia de novembro, quando o partido escolherá seu candidato a presidente da República. Agora, foi a presidente do PSDB Mulher, Yeda Crusius. Gaúcha como o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ela deixa de lado o bairrismo e é direta: “Pessoalmente, sou Doria”, disse Yeda em entrevista.

 

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