Brasília-DF

Bolsonaristas em estado de alerta

Bolsonaristas que apoiaram a candidatura do presidente em 2018 como quem compra um apartamento “na planta” decidiram recolher as armas, mas não desarmaram totalmente os ânimos. Significa que não vão sair atirando no capitão tampouco bater palmas para o Supremo Tribunal Federal (STF). A ordem é esperar para ver se o ministro Alexandre de Moraes deixará de lado ações que essa turma considera abuso de poder, ou continuará no ataque a segmentos aliados ao presidente.

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Essa turma, em especial, o grupo que tem mandato, acredita que, apesar da nota presidencial com juras de respeito aos Poderes, a paz só virá se o STF também modular suas atitudes em relação aos aliados do presidente. O STF, até aqui, tem dito que fará o que Constituição mandar. Ou seja, aproveite, porque a alegria da paz promete durar pouco.

O negociador

O ministro do Tribunal de Contas da União Jorge Oliveira foi quem deflagrou a construção da ponte entre o presidente Jair Bolsonaro e Michel Temer nos últimos dias. Discretíssimo, o ministro era um dos mais preocupados com os desdobramentos que o governo e o próprio Bolsonaro poderia sofrer após a fala de Sete de Setembro e, por intermédio de amigos, procurou Temer.

Daí, não passe!

O MDB gostou da visibilidade que o ex-presidente Michel Temer recebeu por causa da participação no processo que resultou no recuo do presidente Jair Bolsonaro. Mas já avisou à sua bancada: Pacificar é uma coisa, apoiar eleitoralmente é outra.

Enquanto isso, no Centrão...

O Republicanos, comandado pelo deputado Marcos Pereira, acompanha à distância a fusão PSL/DEM. É que, se ACM Neto e Luciano Bivar se afastarem de Jair Bolsonaro, Pereira está pronto para atrair quem quiser se manter aliado ao presidente.

... a ordem é se organizar para 2022

A intenção do Republicanos é fechar este ano com, pelo menos, 40 deputados. Hoje, são 33, e há mais três a caminho.