Brasília-DF

Denise Rothenburg
postado em 09/10/2021 23:03
 (crédito: Nelson Almeida/AFP - 25/1/21)
(crédito: Nelson Almeida/AFP - 25/1/21)

Depois do STF, a PGR vira calo para governo
Ao arquivar o pedido de investigação do ministro da Economia, Paulo Guedes, o ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli deu uma “dica” para que o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) busque um outro caminho: pedir diretamente à Procuradoria-Geral da República (PGR) que abra uma apuração contra o ministro, por causa da offshore nas Ilhas Virgens Britânicas. A avaliação dos políticos é a de que, diante da fase paz e amor entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Poder Executivo, será via procurador-geral, Augusto Aras, que a oposição ainda terá alguma chance de emparedar o ministro na seara do Judiciário. O STF está no modo “paz e amor”.

A decisão de Dias Toffoli ainda ajudará Paulo Guedes no discurso político dentro da Câmara dos Deputados, onde foi chamado a dar explicações. É um respiro para quem será bombardeado não só por causa da offshore, mas, principalmente, pela crise econômica que o país atravessa, em especial, a inflação.

 

Absorventes abrem o debate
O veto do governo à distribuição de absorventes para mulheres em situação de extrema pobreza fará abrir a discussão sobre a necessidade de definir prioridades do gasto público, justamente nesta reta final do ano, quando os congressistas se dedicam à elaboração do Orçamento do ano seguinte.

 

O alvo da mudança no Orçamento
As tais emendas de relator, as famigeradas RP9, são as primeiras a entrar na berlinda. É muito dinheiro destinado ao seleto grupo de líderes e aliados do governo. Vai ter gente, no Congresso, propondo acabar com as emendas de relator para destinar recursos a questões sociais, como é o caso da distribuição de absorventes.

 

A aposta dos profissionais
Políticos de partidos com um leque de opções para 2022, caso do MDB e do União Brasil, ficarão na encolha por mais um bom tempo, antes de definir um nome para a corrida presidencial. É que tem gente dizendo que o presidente Jair Bolsonaro já caiu tanto que será difícil definhar ainda mais. Nesse sentido, daqui para frente, a tendência seria alguma recuperação.

 

União nasce dividido
O União pelo Brasil mal fez a primeira convenção e já tem gente pensando em rifar o candidato do partido para 2022, alguém que sequer se sabe hoje quem será. É que alguns calculam que, se nenhum nome da terceira via decolar até abril, e Bolsonaro demonstrar algum fôlego, haverá uma grande migração interna para apoiar o presidente. Afinal, ali, a maioria é mais anti-PT do que anti-Bolsonaro.

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