O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que tem “tido conversas” sobre a possibilidade de ser indicado para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, o PGR negou que tenha se candidatado ao cargo e afirmou que, até o momento, não recebeu convite do presidente Jair Bolsonaro.
As declarações foram dadas em entrevista ao programa Canal Livre, da Band. “Eu admito que a conversa sempre ocorre, inclusive nos encontros fortuitos ou não, nos jantares ou encontros em um corredor, em uma seção. Todavia, eu não me candidatei a ministro do Supremo. Estou em um cargo de procurador da República (...) se em algum momento da minha vida eu for distinguido pelo presidente da República com a indicação, será uma grande honra”, disse Aras. “O convite não houve até esse momento”, acrescentou.
O procurador-geral ressaltou que, devido ao fato de ser o atual chefe do Ministério Público da União, seu cargo conflita com o de um ministro do Supremo. “Quem quer ser ministro do Supremo não pode ser PGR e vice-versa. O cargo de procurador-geral da República é extremamente conflituoso”, disse.
Cargo vago
O Supremo Tribunal Federal (STF) opera, atualmente, com apenas dez ministros. Uma cadeira está vaga desde 12 julho, data da aposentadoria de Marco Aurélio Mello. Desde então, o ex-advogado-geral da União André Mendonça, indicado do presidente Jair Bolsonaro, aguarda para ser sabatinado pelo Senado.
A demora inédita fez com que o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da casa legislativa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), fosse pressionado por seus pares para marcar a data da sabatina — processo necessário para que o nome almejado pelo chefe do Executivo assuma o posto.
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