A crise entre
Planalto e Senado
O senador Davi Alcolumbre sai para o feriadão pintado para a guerra, depois de divulgar a nota em que rechaça as denúncias de que teria cobrado “rachadinhas” de ex-funcionárias de seu gabinete. Ele vê o dedo do Planalto na reportagem da revista Veja e já avisou que não vai mesmo pautar a sabatina de André Mendonça para ministro do Supremo Tribunal Federal. Da parte do Planalto, aliados do presidente Jair Bolsonaro afirmam que o capitão está convicto de que Alcolumbre está fechado com uma candidatura de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à Presidência da República há tempos, aliás, desde que trabalhou para que Pacheco fosse eleito presidente do Senado.
Nessa “torta indigesta”, assada com alternância de fogo brando e alto ao longo dos últimos meses, o governo não vai trocar o nome para o STF, nem Alcolumbre cogita se afastar do comando da Constituição e Justiça para que a sabatina seja feita. Pelo menos, enquanto não se tem uma investigação a respeito da denúncia publicada pela Veja, a tendência de um grupo no Senado é dar a Alcolumbre o benefício da dúvida.
Desiste aí, vai
Já tem aliado do presidente Jair Bolsonaro ensaiando pedir a André Mendonça que renuncie à indicação, de forma a tirar o presidente desse impasse. A ideia é apresentar essa sugestão ao ex-ministro, caso não haja sabatina antes do recesso. Só tem um probleminha: Bolsonaro não quer ouvir falar disso.
Ritmo petrolão,
nem pensar!
A Procuradoria-Geral da República quer dar uma resposta rápida aos pedidos de indiciamento da CPI que tiveram investigação aberta esta semana. A ideia é definir tudo antes de deflagrada a campanha eleitoral. O Petrolão atropelou muitos candidatos. Os políticos não querem que, agora, os pedidos de indiciamentos feitos pela CPI da Pandemia repitam essa história.
No bolso
Arthur Lira ainda não tem a garantia de casa cheia para votar a PEC dos Precatórios na próxima quarta-feira. E já avisou que quem faltar vai ter o salário descontado.
No discurso
A aposta, porém, é a de que a notícia do valor de R$ 220 em vez de R$ 400 no primeiro pagamento vai ajudar a população a pressionar os parlamentares a votar logo a PEC dos Precatórios, que parcela as dívidas judiciais da União.
Abaixa o sarrafo/ Se já estava difícil, a candidatura de Davi Alcolumbre à reeleição agora está comprometida de vez, a não ser que consiga provar que a denúncia de rachadinha em seu gabinete não passa de uma armação política para prejudicá-lo. O tempo para isso é curto. Amigos consideram que o melhor é ele ser candidato a deputado federal e assegurar um mandato.
Missão quase impossível/ A avaliação dos partidos é de que será praticamente impossível controlar a propagação de fake news na campanha de 2022. Apesar da boa vontade e da montagem do kit anti fake news do Tribunal Superior Eleitoral, os políticos acreditam que tudo pode ser feito por sites e contas de fora do Brasil.
Leva para você/ O vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), e o presidente da Comissão de Agricultura, Fausto Pinato (PP-SP), estão num jogo de empurra. Ramos torce para que Bolsonaro escolha logo o PP. E Pinato, o PL.
Um brinde ao general/ O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno (foto), de aniversário no dia da chegada da comitiva brasileira à Itália, foi homenageado no primeiro jantar. O presidente Jair Bolsonaro puxou o “parabéns para você” agradecendo o apoio “irrestrito” que recebe de Heleno, desde a campanha eleitoral.
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