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Aras abre investigação preliminar sobre Paulo Guedes e Campos Neto

Procurador-geral da República tomou a decisão depois da revelação de que o ministro da Economia e o presidente do Banco Central têm empresas em paraísos fiscais

O procurador-geral da República, Augusto Aras, abriu, nesta segunda-feira (4/10), uma investigação preliminar sobre as empresas que o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, têm em paraísos fiscais.

A revelação sobre a existência das offshores (empresas criadas no exterior) foi feita, no domingo, pelo projeto Pandora Papers, do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ).

O Pandora Papers investigou milhões de documentos de paraísos fiscais em todo o mundo. Segundo o calhamaço, Guedes criou a Dreadnoughts International Group em 2014, nas Ilhas Virgens Britânicas. Na ocasião, com pelo menos US$ 8 milhões investidos, a companhia foi registrada no nome do ministro, da esposa, Maria Cristina Bolívar Drumond Guedes, e da filha, Paula Drumond Guedes. Os investimentos na offshore saltaram para US$ 9,5 milhões no ano seguinte, ainda conforme a investigação jornalística.

Segundo a legislação brasileira, não é crime ter uma offshore, desde que declarada à Receita Federal. Guedes afirmou, nesta segunda-feira, por meio da assessoria, que a empresa nas Ilhas Virgens Britânicas foi devidamente declarada à Receita antes dele assumir o ministério. Campos Neto, também em nota, afirmou que "está tudo declarado” e que não fez nenhuma movimentação desde que chegou ao governo. Segundo o presidente do BC, está tudo “bastante claro” e é importante seguir com a agenda.

 

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