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Paulo Ganime: alta nos combustíveis foi auxiliada por instabilidade no governo

Em relação a pauta ambiental, parlamentar diz que o Brasil tem dificuldades de se apresentar ao exterior

O deputado federal Paulo Ganime (NOVO-RJ) acredita que, das diversas razões para a alta no preço dos combustíveis, uma das principais é a cotação do dólar que, segundo ele, foi desproporcional no Brasil. O parlamentar também destaca a instabilidade no governo federal como explicação para os diversos aumentos.  “Temos um governo que não gera segurança e estabilidade, não faz as reformas necessárias e aumenta seu endividamento, isso acarreta em perda de confiança do mercado”, disse em entrevista ao CB.Poder, parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília, nesta terça-feira (26).

Sobre a PEC dos Precatórios, o parlamentar comentou que acha o texto “muito ruim para o Brasil". Segundo ele, é preciso ajudar quem está passando fome e dificuldades, mas não se faz isso aumentando o endividamento do governo. “É necessário, primeiro, analisar quem precisa do Auxílio Brasil e de onde vai vir o dinheiro, para depois ser definido quanto vai ser. Deve ser examinada a realidade financeira”, apontou.

A COP-26, que acontece no final de outubro em Glasgow, na Escócia, está tomando toda a atenção das pessoas envolvidas com os temas de meio ambiente. Na opinião de Paulo, o Brasil tem dificuldades em se apresentar ao exterior. “O Brasil tem uma matriz energética pouco poluente. O grande problema é em relação a parte de saneamento básico, de resíduos básicos, a parte urbana. Sobre a emissão de gás carbônico, o Brasil não está mal, mas podemos fazer melhor. E temos potencial para criar um mercado para vender esses créditos para outros países, mas não o fazemos”, explicou.

Além disso, está em tramitação no Congresso, o projeto de Lei 414/2021, que define que o consumidor pode escolher de onde a energia é gerada. De acordo com o deputado, o projeto prevê um mercado energético livre. “Isso estimula a concorrência, ocasionando mais oportunidades de geração e que não fiquemos refém só das hidrelétricas, que é uma ótima opção também, mas é dependente do clima. Dessa forma, o consumidor pode escolher sua fonte de energia e assim, pagar mais barato e, mais importante, fazer parte desse processo”, complementou o deputado.

*Estagiária sob supervisão de Pedro Grigori

 

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