O líder do governo, Ricardo Barros, disse que a Câmara convocará sessão na próxima segunda-feira, com "efeito administrativo", o que significa que parlamentares faltantes podem ter o ponto cortado. "A ideia é votar demais projetos na segunda-feira, e a PEC dos Precatórios, na terça-feira", afirmou Barros.
Por uma margem de apenas quatro votos, o governo conseguiu aprovar a PEC na madrugada de ontem. Além da avaliação dos destaques, o texto da proposta tem de ser votado em mais um turno na Câmara e, se aprovado, seguirá para o Senado.
Na prática, a convocação da sessão para segunda-feira "obriga" os deputados a estarem em Brasília, já em preparação para a votação dos destaques e do segundo turno da PEC no dia seguinte.
Depois da margem apertada, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tomou café da manhã com Barros e outros parlamentares, ontem, para dar continuidade às negociações em torno da votação.
Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro afirmou, ontem, que conta com a ajuda de alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) na PEC dos Precatórios. Ele criticou os 144 deputados que votaram contra a proposta: "votaram contra os pobres, por eu ser o presidente", disparou.
"Estamos tentando com o Parlamento. Alguns do Supremo têm colaborado nesse sentido também, a parcelar essa dívida enorme", frisou, sobre o pagamento de dívidas da União transitadas em julgado.
O chefe do Executivo voltou a defender o parcelamento de precatórios. "Supremo botou tudo no meu colo para pagar de uma vez só", repetiu, sobre a decisão da Justiça de executar os pagamentos, que poderão ser parcelados se a PEC for aprovada.
Além disso, o texto muda o teto de gastos para viabilizar o pagamento de R$ 400 do Auxílio Brasil ao longo de 2022, ano eleitoral.
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