Presidente assina ficha dia 22 no PL

Correio Braziliense
postado em 11/11/2021 00:01

Um almoço com o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, selou a entrada de Jair Bolsonaro no partido. A ficha de filiação será abonada no próximo dia 22, em evento previsto para acontecer, às 10h, no centro de convenções Brasil 21, em Brasília. A chapa presidencial ainda pode ser reforçada com um nome do PP como vice.

"Bolsonaro bateu o martelo sobre sua opção de partido durante o encontro que, de caráter institucional, também decidiu sobre a data da cerimônia de filiação. O evento contará com a presença de dirigentes do PL do Brasil inteiro", registrou, em nota, o comando do partido. Para sacramentar a filiação, Costa Neto deve divulgar um vídeo, nas próximas horas, confirmando a entradas de Bolsonaro na legenda.

Antes do almoço com o presidente do PL, o chefe do Executivo disse, em entrevista à Rádio Cultura FM (ES), que estaria "99,9%" fechado com o partido. Segundo ele, o maior impasse estaria na cidade de São Paulo, pois Bolsonaro quer um candidato ao governo paulista.

"Vou conversar com Valdemar da Costa Neto. Temos que acertar um pequeno detalhe de São Paulo. Com todo respeito ao Espírito Santo, mas São Paulo tem mais de 30 milhões de eleitores, tem o segundo maior PIB do Brasil. Se eu vier a disputar a eleição, quero ter um candidato ao governo de São Paulo, ao Senado e uma boa bancada de indicados", explicou.

Bolsonaro afirmou, ainda, que muitos especulam que um vice do PP estaria em sua chapa. Ele assegurou que as chances são grandes e um dos mais cotados seria o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira — que, aliás, estará presença à filiação, no dia 22.

O PL também será o destino do senador Flávio Bolsonaro (RJ), filho mais velho do presidente. O "Zero Um", que participou de reunião no Planalto, deve pedir sua desfiliação do Patriota nos próximos dias para também se filiar ao partido do pai na mesma data.

Desde novembro de 2019, Bolsonaro está sem partido. Após ter brigado com o comando do PSL, ele tentou fundar o Aliança pelo Brasil, mas não conseguiu as assinaturas necessárias para formalizar a sigla no Tribunal Superior Eleitoral. Buscou vários outros partidos, como Republicanos, PRTB e Patriota, mas enfrentou uma série de obstáculos porque sempre apresentava a exigência de ter influência sobre os diretórios e as verbas das legendas.

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