Votação da PEC prevista para até a próxima 4ª feira

Correio Braziliense
postado em 26/11/2021 00:01

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que a PEC dos Precatórios, com a qual o governo pretende viabilizar o Auxílio Brasil de R$ 400, deve ser votada pelo plenário da Casa na semana que vem, caso a matéria seja aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na próxima terça-feira.

Já aprovada pela Câmara, a PEC, segundo estimativas do Ministério da Economia, poderá abrir um espaço fiscal de R$ 106,1 bilhões no Orçamento do ano que vem para o financiamento do Auxílio Brasil — substituto do Bolsa Família. Para isso, a proposta muda o cálculo do teto de gastos e adia o pagamento de parte dos R$ 89 bilhões previstos para serem quitados, em 2022, na forma de precatórios — dívidas judiciais da União reconhecidas pela Justiça.

Pacheco assegurou que será possível votar a PEC mesmo com as 10 sabatinas de autoridades que estão agendadas para o período de esforço concentrado na Casa, de 30 de novembro a 2 de dezembro. "Ultrapassada a fase da Comissão de Constituição e Justiça, cabendo ao plenário a apreciação, aproveitando, inclusive, a presença dos senadores e das senadoras do Senado Federal em plenário e, eventualmente, tentarmos a votação da PEC já na próxima semana", sinalizou.

Sobre a pressão que seu partido, o PSD, tem feito para que a PEC dos precatórios não seja votada na CCJ na próxima semana, Pacheco não se comprometeu. "Não posso garantir. Na verdade ela (PEC) tem que cumprir a etapa na Comissão de Constituição e Justiça. O parecer já foi lido, houve um pedido de vista, precisa ser apreciada na CCJ. Finalizada na CCJ vai a plenário", disse.

O senador também negou que as polêmicas em torno da PEC dos precatórios possam atrasar a votação do Orçamento de 2022. "Nós vamos justamente tentar evitar isso. Isso é uma luta contra o tempo, e nós precisamos dar solução a esses problemas, dos precatórios, o espaço fiscal, o programa social, a definição também da votação do orçamento. Todas essas missões precisam ser cumpridas pelo Congresso", afirmou o presidente do Senado.

Resistências

O parecedor do relator da PEC, senador Fernando Bezerra (MDB-PE), trouxe uma série de alterações, como a que tornou o Auxílio Brasil um programa permanente, mas ainda é grande a resistência dos senadores à proposta. Muitos temem que haja uma "farra eleitoral" com o espaço fiscal de R$ 106,1 bilhões, a ser aberto pela Prosposta de Eemenda à Constituição. Isso porque o relator "carimbou" apenas 60% desses recursos.

O governo trabalha para que a PEC seja promulgada a tempo de ser possível pagar o Auxílio Brasil antes do Natal, a cerca de 17 milhões de famílias. Porém, caso a proposta seja aprovada pelo plenário do Senado, ainda terá que retornar para nova análise na Câmara, em razão das alterações feitas no texto pelo relator. (JV)

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags