O senador Omar Aziz (PSD-AM), que foi presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, fez, ontem, um pedido para que o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) investigue o "maior responsável pelas fake news" durante a pandemia, o vereador pelo Rio de Janeiro e filho 02 do presidente Jair Bolsonaro, Carlos Bolsonaro.
A declaração foi feita durante coletiva de imprensa, ao lado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) — que era vice da CPI — e do senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da comissão.
Isso porque, mais cedo, Carlos apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma notícia-crime pedindo a investigação contra Renan e Aziz relacionada à atuação de ambos na CPI. O vereador alega que eles prevaricaram e violaram do sigilo funcional.
Segundo Aziz, a única prevaricação que ele deve ter cometido foi não ter chamado Carlos para depor diante das provas que o apontavam como chefe do "gabinete do ódio". "Ele estava doido para vir aqui falar, e a gente não deu essa oportunidade. Encaminhamos para o MP-RJ a denúncia, mas não senti firmeza no procurador do Rio. Espero que o MP possa fazer a investigação contra o maior responsável por fake news, que matou milhares de pessoas: Carlos Bolsonaro", atacou.
Aziz ainda pediu para que o Ministério Público puna Carlos pela morte dos brasileiros durante a pandemia. "Chegamos a 600 mil mortes por esse tipo de comportamento. Um parlamentar que não tem respeito ao próximo e uma pessoa que tem problemas. A gente percebe que ele tem problemas, e não somos nós os culpados. Problemas dele, que ele deve resolver com ele, no íntimo dele", provocou Omar.
A ação de Carlos Bolsonaro vai ser enviada para a Procuradoria-Geral da República, responsável por determinar a adequada apuração dos fatos.
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