Moro: outras opções ao Planalto são "trágicas"

Correio Braziliense
postado em 09/12/2021 00:01

Pré-candidato à Presidência da República, o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) afirmou, ontem, que "outras alternativas" na corrida pelo Planalto em 2022 são ruins ou trágicas. Ele enfatizou, também, que seu projeto de governo é baseado não só em técnica como em "princípios e valores".

"Quero deixar claro que a gente está com esse projeto e que nós estamos apenas começando. Estamos tratando de questões com absoluta humildade. Infelizmente, nós vemos outras alternativas para o próximo ano, que variam nas avaliações para o lado ruim ou trágico. Não quero levar para o lado pessoal, evidentemente", discursou, num almoço com empresários do setor energético e com advogados.

O ex-ministro deu outra alfinetada no governo ao afirmar que princípios e valores têm sido colocados de lado, supostamente, em nome da governabilidade. "O nosso processo vai ser consistente e equilibrado. Nosso projeto não será fundado só em técnica e diálogo com os setores e a sociedade, mas também com o mundo jurídico. Sem abdicar do que é necessário, que são princípios e valores. Isso a gente tem deixado de lado e tem visto que não tem funcionado no nosso país", frisou. "Muitas vezes, a pretexto de uma governabilidade ou de uma eficiência questionável, a gente não consegue avançar e vai chegando a esses termos sem saída."

Empecilhos

Moro afirmou que o setor de energia precisa de marcos regulatórios. Segundo o ex-juiz, fatores como aumento de juros e problemas climáticos não deveriam abalar tanta a área. "Nós sabemos como o ramo energético é extremamente importante para o crescimento do país. Não raras vezes, encontramos empecilhos para o crescimento, não só em problemas macroeconômicos — relacionados à inflação, juros elevados e, às vezes, até problemas na balança de pagamentos", ressaltou. "Mas acabamos vendo empecilhos na nossa matriz energética, que ainda é muito dependente de condições climáticas favoráveis. Esse é um setor estratégico e é o setor do futuro, da energia solar e eólica", comentou.

* Estagiária sob a supervisão
de Cida Barbosa

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