PT reivindica candidatura ao governo de São Paulo

Correio Braziliense
postado em 16/12/2021 00:01
 (crédito: Caio Gomez)
(crédito: Caio Gomez)

Ainda que Geraldo Alckmin tenha deixado o PSDB e apresente uma preferência para se filiar ao PSB, ser vice de Lula e fazer de Márcio França o candidato a governador desse bloco, a operação não está tão fácil como parece. Hoje, na reunião de seu diretório nacional, o PT paulista pretende deixar claro que não dá para abrir mão de uma candidatura em que o partido aparece bem nas pesquisas. Em alguns cenários sem Geraldo Alckmin na disputa, Fernando Haddad lidera.

Diante desse cenário, os petistas pretendem dizer hoje que já abriram mão de Pernambuco, Espírito Santo, Rio Grande do Sul — mas São Paulo, não dá. E se não for para ter Haddad como candidato, a tendência é o eleitorado petista fechar com Guilherme Boulos (PSol).

Moro versus Lula

Pré-candidato pelo Podemos, Sergio Moro aproveita as entrevistas de Lula para chamar o ex-presidente ao ringue. O ex-juiz disse, com todas as letras, num vídeo que circula em suas redes sociais que "Lula está mentindo" ao dizer que a Lava-Jato prejudicou a Petrobras. "O que prejudicou a Petrobras foi a roubalheira durante o governo do PT".

Dúvida cruel

Os petistas se dividem sobre o que fazer a respeito das declarações de Moro. Um grupo defende que Lula responda, outro prefere deixar para lá. Há o receio de que, se Lula começar a polemizar, o ex-juiz acaba tirando mais votos de Jair Bolsonaro e ganha fôlego para chegar ao segundo turno.

Ciro versus Jair

Alvo de busca e apreensão por parte da PF, Ciro Gomes vai continuar partindo para cima do presidente Jair Bolsonaro, acusando-o de instrumentalizar a Polícia Federal para atingir adversários. Ele garante que não irá desistir da disputa presidencial. Agora, dizem amigos de Ciro, concorrer em 2022 virou uma questão de honra.

Climão

A aprovação da PEC dos Precatórios na Câmara preserva a paz deste Natal entre as duas Casas, mas não sela em definitivo a harmonia entre seus presidentes, o deputado Arthur Lira (PP-AL) e o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O recado de Lira ao anunciar o resultado, do tipo "aqui a gente junta a base e vota para cumprir acordo", foi na linha de que a Câmara não vai tolerar mais ver suas propostas abandonadas pelos senadores.

A saída do líder

Com Fernando Bezerra Coelho fora da liderança do governo, a tendência é Jair Bolsonaro perder mais uns votos no Senado no ano eleitoral. O MDB está a cada dia mais próximo dos opositores. Que ninguém se surpreenda se o ex-líder de Bolsonaro se aliar ao PT mais à frente.

Lasier versus Rose/ "O senador Lasier Martins (Podemos-RS) refuta acusações de que teria se insurgido de forma agressiva e pessoal contra série de infrações cometidas no âmbito da Comissão Mista de Orçamento. Ele esclarece que, como líder do bloco Podemos, PSDB e PSL, indicou, em 13 de juho, a senadora Soraya Tronicke (PSL-MS) sub-relatora do setor de Educação, conforme a proporcionalidade. Seu ato legítimo foi ignorado pela senadora Rose de Freitas (MDB-ES), em favor de outra irregularidade", diz a nota que a assessoria de Lasier
enviou à coluna.

Lasier versus Rose/ A segunda irregularidade mencionada por Lasier foi o fato de um senador do PL, mesmo partido que ocupou essa relatoria no ano passado, ter sido indicado, em desrespeito à regra da alternância. Essa disputa na CMO vai longe.

Solteiro na festa/ A saída do PSDB esta semana foi milimetricamente calculada para que o ex-governador Geraldo Alckmin possa chegar neste domingo, ao jantar do grupo Prerrogativas, "solteiro", ou seja, sem dever nada a ninguém. É lá que Alckmin sentirá o clima de sua relação com Lula em público.

Homenagem ao Sig/ Coordenado pelo advogado Marco Aurélio Carvalho, o Prerrogativas foi fundado em 2015 por um grupo de advogados que fizeram um contraponto às decisões judiciais proferidas pelos relatores da Lava-Jato desde a primeira instância até os tribunais superiores. No domingo, Sigmaringa Seixas (foto) será um dos homenageados na festa de fim de ano.

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