O presidente Jair Bolsonaro participou, por meio de videoconferência, da 59ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados. Em discurso, o presidente lamentou o insucesso da redução da Tarifa Externa Comum (TEC) e destacou que a medida seguirá sendo prioritária na agenda brasileira. A TEC é um conjunto de tarifas sobre a importação de serviços e produtos dos países que integram o Mercosul.
Ontem, Argentina, Brasil e Paraguai se comprometeram a "dar seguimento à modernização" do bloco e a avançar na revisão da tarifa, segundo nota divulgada no encerramento da cúpula, que não teve adesão do Uruguai. O governo brasileiro queria reduzir a tarifa em 20%, mas, após negociação em outubro, fechou o acordo em 10%.
"Lamentamos que não tenhamos podido lograr acordos sobre esse tema, neste semestre, a despeito dos esforços realizados pelo Brasil e de nossa disposição em aceitar redução inferior àquela que planejamos inicialmente. Seguimos acreditando que essa redução beneficiará nossos setores privados e cidadãos, e por essa razão o tema continuará sendo prioritário em nossa agenda", disse.
A mudança envolveu os impasses sobre a cobrança de passaporte da vacina nas fronteiras. Ao lado do ministro das Relações Exteriores, Carlos França, o presidente transmitiu seu discurso a partir do auditório da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.
Culpados
Bolsonaro também falou da vacinação contra covid-19 no país e defendeu o desenvolvimento sustentável. O presidente ainda culpou indiretamente governadores pela alta dos preços no Brasil, falou em "pressões inflacionárias".
"Combater a inflação é tarefa que tem envolvido várias ferramentas de política econômica e que deve ser cumprida rapidamente, precisamos proteger a capacidade de consumo principalmente dos setores de baixa renda", afirmou.
Sobre a expectativa de assinatura com a União Europeia (UE) e a Associação Europeia de Livre Comércio, Bolsonaro mostrou-se otimista. "Estamos trabalhando para avançar, rapidamente, rumo à assinatura desses acordos, sempre mantendo o equilíbrio original a que chegamos depois de longas negociações", salientou.
O encontro foi comandado por Bolsonaro, que ocupou a presidência pro-tempore do bloco e transmitiu o comando do Mercosul ao presidente paraguaio Mario Abdo Benítez.
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