A campanha que interessa

Correio Braziliense
postado em 19/12/2021 00:01
 (crédito: Maurenilson Freire)
(crédito: Maurenilson Freire)

Da direita para esquerda, e vice-versa, a preocupação do momento é atrair novos filiados que possam concorrer às eleições proporcionais — ou seja, deputados federais e estaduais. Na ausência de coligações, até as grandes legendas entraram nessa campanha. No PT, Lula fez questão de participar da abertura do V Encontro da Juventude do partido, em São Paulo, neste fim de semana, com apelos em prol da filiação partidária, a fim de eleger uma bancada afinada com o projeto do partido para 2022: "Se não
fizermos isso, a direita o fará", disse o ex-presidente.

Líder nas pesquisas, o petista vai acoplar a sua pré-campanha a essa busca de "sangue novo" para o PT. Ele quer evitar que se repita a eleição de um Congresso tão conservador quanto o que emergiu das urnas em 2018. "Tem que se movimentar. Se não tomarmos cuidado, viramos reféns de um Congresso conservador", afirmou Lula.

PT em carreira solo

Os petistas estão de olho na federação, mas isso não significa que vão ficar parados esperando por ela. Internamente, há quem diga que é preciso estar preparado para, no caso de a federação falhar, o PT ser capaz de eleger uma bancada expressiva, sozinho ou apenas com o PCdoB — o partido com o qual o PT tem hoje menos pendências a resolver.

O partido de quase R$ 1 bi

Os R$ 5,7 bilhões para a fundo eleitoral transformou o União Brasil num quase bilionário. As contas feitas pelos advogados eleitorais indicam que o partido terá R$ 912 milhões, muito à frente do segundo colocado, o PT, que receberá R$ 573 milhões. O MDB vem em terceiro, com R$ 422 milhões, seguido pelo PP, com R$ 400 milhões. O PSD terá R$ 395 milhões, o PSDB leva R$ 371 milhões e o PL de Jair Bolsonaro,
R$ 335 milhões.

Mineirice demais

Empresários paulistas que estiveram recentemente com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), voltaram para seus estados sem saber o que ele pensava a respeito de vários temas. Saíram, porém, com a certeza de que está ali um candidato que não vai brigar com ninguém no
confronto direto.

Questão de tempo

Rodrigo Pacheco, conforme a coluna já publicou, está jogando parado. Vai esperar 2022 para se movimentar de forma mais incisiva. A vitória de Antonio Anastasia para o Tribunal de Contas da União (TCU) foi vista como um sinal de que Pacheco tem toque de bola.

E o Doria, hein?

Quem avalia os cenários diuturnamente diz que não é possível desprezar o governador de São Paulo. João Doria já desafiou a Lei da Gravidade duas vezes e venceu, tanto para prefeito, quanto para o governo estadual. Por isso, é bom esperar antes de dar um diagnóstico fechado sobre a candidatura ao Planalto.

O corpo fala/ Quem entende dos gestos políticos, diz que é preciso ficar de olho na chegada de Lula e de Geraldo Alckmin ao jantar do grupo Prerrogativas, hoje, em são Paulo. Se chegarem juntos, é sinal de que a aliança está selada.

Testemunhas não faltarão/ O jantar já tem 600 pessoas confirmadas e outros 100 na lista de espera. Ah! E quem não tem as três doses da vacina, deve levar o teste
negativo de covid-19.

DataUber e Datatáxi/ A coluna perguntou a 10 motoristas de Uber e de táxi, em São Paulo, em quem eles votariam em 2022. Seis disseram Sergio Moro sem pestanejar, dois em Jair Bolsonaro e os outros dois não sabiam em quem votar. Mas asseguravam não querer nem Lula nem Bolsonaro.

Em tempo de memes.../ Deputados têm que tomar muito cuidado para não deixar frases soltas, que permitam edições por parte de apoiadores de adversários. Esta semana, por exemplo, a deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF, foto)discursou na sessão de despedida da Comissão de Constituição e Justiça e, ao parabenizar a colega Bia Kicis (PSL-DF), saiu-se com esta: "Me sinto muito bem representada pela senhora". Aliados de Bia cogitavam tirar apenas essa parte para replicar nas redes sociais.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags