Recusa em se imunizar

Se André Mendonça conta com a vacinação de Jair Bolsonaro para que participe da cerimônia de posse, no Supremo Tribunal Federal (STF), dia 16, vai se decepcionar. Na live da última quinta-feira, o presidente deixou claro que vai continuar sem tomar o imunizante.

"Muita gente, de esquerda em especial, querendo a minha morte. Se quer a minha morte, por que fica querendo exigir que eu tome a vacina? Deixa eu morrer, o problema é meu", reclamou.

Assim, a única alternativa para Bolsonaro estar presente à posse de Mendonça como 11º integrante da Corte é a apresentação de um teste negativo para covid-19, realizado 72h antes, conforme prevê o protocolo sanitário adotado pelo STF — baixado pelo ministro Luiz Fux, no final de outubro. Outra coisa que continua obrigatória nas dependências do Supremo é o uso das máscaras, proteção contra a qual Bolsonaro se insurgiu inúmeras vezes.

Horas antes da live em que, mais uma vez, desprezou a vacinação contra a covid-19, Bolsonaro criticou o passaporte da vacina — atacou os governadores e prefeitos que o exigem, ao afirmar que estão "extrapolando"; disse que o país "não aguenta mais" um novo lockdown; e voltou a defender a liberdade vacinal — "vamos respeitar esse direito de cada um de nós", disse, em evento no Palácio do Planalto.