OPERAÇÃO PF

Chefe de gabinete do governo do Acre suspeita de tentar obstruir investigações

Rosângela Gama é suspeita de tentar obstruir as investigações de corrupção contra o governo do estado. Governador do Acre foi alvo na primeira fase da força-tarefa

A Polícia Federal prendeu, nesta quarta-feira (22/12), Rosângela Gama, chefe de gabinete do governador do Acre, Gladson Cameli (PP), durante a segunda fase da Operação Ptolomeu. A suspeita é que a mulher tenha tentado obstruir as investigações de corrupção e lavagem de dinheiro relacionados a membros do governo do estado.

Na semana passada, Cameli foi um dos alvos da primeira fase da força-tarefa. A prisão de hoje foi autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que pediu também a "imediata instauração" de novo inquérito policial para apurar o crime de obstrução de investigação de organização criminosa.

O órgão ainda determinou o cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão em Rio Branco (AC). “Por ordem ainda do STJ, policiais federais cumprem, na manhã de hoje, cinco mandados de busca e apreensão na cidade de Rio Branco/AC, em endereços relacionados aos envolvidos no embaraço às investigações”, reiterou a PF em nota.

Nesta etapa, os investigadores afirmam ter identificado um conluio entre servidores públicos, que tentaram obstruir a investigação e destruir provas após o início da operação.

Por meio de nota, o governo do Acre se manifestou. “O governador Gladson Cameli mais uma vez manifesta respeito, bem como colabora com todos os passos da investigação, de modo que fique esclarecido que o governo sempre agiu dentro da legalidade e do interesse público”, destacou o comunicado.

Primeira fase

Na primeira fase da operação, realizada no último dia 16, com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), a PF cumpriu 41 mandados de busca e apreensão e uma ordem judicial de prisão. Os primeiros mandados foram executados em Rio Branco, Cruzeiro do Sul (AC), Brasília e Manaus.

Foram identificadas dezenas de transações financeiras suspeitas em contas-correntes, pagamentos de boletos de cartão de crédito, transações com imóveis de alto valor e aquisições subfaturadas de veículos de luxo. A CGU também apurou que o governo local empenhou R$ 142 milhões para sete empresas suspeitas de integrar o esquema.

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