PANDEMIA

Análise: por ordem de Bolsonaro, Queiroga — o Queiroz da Saúde — ameaça as crianças

Daqui para frente, se uma criança morrer ou contaminar os avós com covid, mande a conta para os responsáveis, analisa Ricardo Kertzman

Mais uma vez, Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, e um seu ministro bibelô, no caso, o atual da Saúde, Marcelo Queiroga, o idoso histriônico que mostra o dedo do meio para os outros, investem abertamente contra a saúde da população brasileira, desta vez, o que é ainda pior, contra a saúde das crianças.

A dupla de conspiradores pró-coronavírus, inclusive, já tentou outras vezes, quando suspendeu, por causa de fofocas de WhatsApp — fonte primária e praticamente única de informação dos ignorantes negacionistas —, a vacinação em adolescentes. Agora, o alvo são crianças de 5 a 11 anos e, consequentemente, seus pais e avós.

Queiroz, digo Queiroga — Queiroz é o miliciano que entupiu a conta da primeira-dama com R$ 90 mil em 'micheques' e operador das rachadinhas do senador dos panetones e da mansão de R$ 14 milhões, comprada por apenas R$ 6 milhões — não vê nenhum problema nenhum com algumas poucas mortes de crianças, acreditem se quiser.

Sim, ele disse que 'os óbitos atuais estão dentro de um patamar que não implica decisões emergenciais'. Bem, primeiro temos que saber qual é o patamar do cretino; quantas crianças têm de morrer? E depois, o que ele considera emergencial, já que ainda não inventaram cura para a morte, ou seja, não há prazo de retorno.

Refiro-me, por óbvio, à decisão do governo de retardar ao máximo o início da vacinação de crianças, algo já em curso em diversos países desenvolvidos do mundo. São tão estúpidos e canalhas, Jair Bolsonaro e seu novo capacho, que alegam as maiores mentiras e mistificações para boicotar a imunização da criançada.

Além de tudo, eles colocam, mais uma vez, em risco a saúde dos idosos. Todos sabem a quantidade de crianças que ficam sob a guarda dos avós, enquanto os pais trabalham. Se uma criança possui maior resistência ao vírus, o mesmo não ocorre com os mais velhos. Uma vez contaminados os netos, o risco de morte aumenta muito para os avós.

Daqui para frente, a cada morte de uma criança por covid-19, ou idoso que tenha sido contaminado por um neto, o devoto da cloroquina e seu lambe-botas de turno serão potencialmente cúmplices, ainda que em pequena fração e sem implicação legal, infelizmente. São pessoas más, que jamais poderiam estar onde estão.

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