A esperança vem do agro e com exigência de ESG

Correio Braziliense
postado em 01/01/2022 00:01
 (crédito: Caio Gomez)
(crédito: Caio Gomez)

Do governo às startups e fintechs de crédito, a aposta para amenizar os problemas da economia está no setor agropecuário. Investidores e analistas financeiros são praticamente unânimes quando afirmam que foi o setor, um dos poucos que não parou em 2020, que ajudou a dar uma lufada de ar à economia em 2021 e continuará nessa toada. A Traive, por exemplo, uma fintech voltada para análise de risco de crédito e securitização nesse segmento, fecha 2021 com US$ 17 milhões em rodada de negócios, um feito perante os US$ 2,5 milhões de 2020.

Os investidores, porém, estão cada vez mais exigentes. Quem quiser captar recursos neste ano terá de se desdobrar em métricas de ESG (meio ambiente, social e governança). A tendência registrada nos Estados Unidos, por exemplo, é de que, em cinco anos, as empresas vão dobrar suas apostas nesses três temas, exatamente para atrair clientes. Essas ferramentas têm sido cada vez mais cobradas pelos grandes fundos. A avaliação geral é de que, quanto mais as empresas aplicam verbas em ESG, menos riscos apresentam a quem deseja investir.

Polarizar é comigo,
tá ok?

As citações que o presidente Jair Bolsonaro fez ao ex-presidente Lula e ao PT, na sua última live de 2021, foram lidas como uma tentativa de retomar para si o duelo eleitoral com o petista. É que, em dezembro, a avaliação do governo é de que Lula polarizou mais com o ex-juiz Sergio Moro do que com Bolsonaro.

Por falar em Moro

Bolsonaro, ao lembrar que a Petrobras recuperou R$ 6 bilhões — diz ele, desviados no governo do PT —, tenta, ainda, recuperar o discurso do combate à corrupção, uma bandeira que Moro já começou a carregar nesta campanha.

Frase cirúrgica

Ao dizer que em vez de investir em infraestrutura em outros países preferiria que Lula tivesse aplicado recursos no metrô de Belo Horizonte, o presidente faz, ainda, um aceno aos mineiros. Minas Gerais congrega o segundo maior eleitorado do país. A ideia do governo é conquistar esse pessoal desde já, antes que Rodrigo Pacheco entre em campo.

Veja bem

O PT já fez as contas e considera meio arriscado fechar uma federação com o PCdoB. É que os comunistas têm muitos candidatos bons de voto e se lançarem, por exemplo, 27 postulantes filiados ao PCdoB, há o risco de o PT perder um deputado em cada estado.

Até no futebol/ Além das andanças deste feriadão, o presidente Jair Bolsonaro vai à partida de futebol beneficente de Bruno, Marrone e Gustavo Lima na quarta-feira. Pretende, assim, contrastar com time de amigos de Chico Buarque, que, no passado, contou com a participação de Lula e já fez até jogo para pedir a libertação do presidente, em 2019.

De fazer inveja a muitos/ O orçamento da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo chega a R$ 1,2 bilhão, com R$ 280 milhões de fomento à produção independente. Muitos projetos que o governo Bolsonaro dispensou estão recorrendo ao secretário Sérgio Sá, do governo João Doria (foto).

Por falar em Doria.../ A avaliação dos estrategistas do governador é de que ele tem tudo para ganhar fôlego quando conseguir apresentar ao país os resultados de seu governo, que está segurando a economia nacional. A situação nas pesquisas tem muito para melhorar.

Só tem um probleminha/ Embora a chave eleitoral vire nesta segunda-feira, a visibilidade total dos candidatos chamará a atenção do eleitor quando começar a campanha oficial. O cidadão que está preocupado em pagar as contas só vai ficar atento ao pleito lá para agosto.

Dia Mundial da Paz/ Aproveita que é só hoje. Com uma onda de greves despontando no horizonte, Copa do Mundo e eleição à frente, os períodos tranquilos serão escassos neste 2022.

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