Sérgio Ronaldo da Silva / secretário-geral da Condsef

Correio Braziliense
postado em 08/01/2022 00:01
 (crédito: Luis Nova/Esp. CB/D.A Press)
(crédito: Luis Nova/Esp. CB/D.A Press)

Como estão os preparativos dos atos marcados para os dias 18, 25 e 26? As categorias filiadas à Condsef vão mesmo cruzar os braços?

No momento, nós estamos preparando o movimento. Esse do dia 18 e da semana vindoura estão afirmados pelos setores do Fisco, o pessoal da Previdência, as carreiras típicas do Estado. Nós teremos uma reunião na segunda-feira, da nossa direção; e, na terça-feira, com nossos sindicatos, para poder fechar esse cronograma agora de janeiro. A nossa orientação é participar integralmente desse movimento unificado, de todo o conjunto do funcionalismo, que está lutando por uma causa justa. A intenção é paralisar. Não tivemos nenhum retorno, ou uma reunião, ou uma conversa positiva, e a intenção é de que a gente sinalize, já para o mês de fevereiro, uma greve geral do funcionalismo por tempo indeterminado.

Foi possível agendar uma reunião com o Ministério da Economia ou com outro órgão do governo para tratar da pauta do reajuste?

Todas as nossas tentativas foram sem sucesso. Aliás, desde março do ano passado que a gente reivindica a instalação de um processo de diálogo, de negociação, e a resposta do Ministério da Economia, ou de setores do Ministério da Economia, é o silêncio. Então, lamentavelmente, tem um lado que quer dialogar, que são as representações do conjunto do funcionalismo, mas o governo não quer diálogo, não quer conversa.

O Orçamento de 2022 está sem espaço, segundo o governo, para reajuste de todas as categorias. Mesmo assim, o senhor acredita que os protestos terão resultado?

O que falta é disposição política do governo de fazer e resolver esse problema, porque o governo afirmou, o presidente da República afirmou que, se aprovada a PEC dos Precatórios, que nós chamados de PEC do calote, a PEC 23, haveria margem de recursos para reajustar a remuneração do conjunto do funcionalismo. Aí, a PEC foi aprovada, apareceu recurso para tudo o que eles estavam discutindo, menos para a questão da remuneração do funcionalismo. Agora, recentemente, o governo editou uma medida provisória isentando, abrindo mão de impostos de cerca de 17 setores do setor privado. Então, tem disposição para resolver os problemas de todos os setores, menos do funcionalismo, que está sendo massacrado. São cinco anos com remuneração congelada, e não aparece uma solução, porque não tem determinação política. No Orçamento, tinha margem para fazer isso. O problema é que não querem fazer.

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