Reunião com BC desagrada sindicato

Correio Braziliense
postado em 12/01/2022 00:01

Depois de uma conversa considerada improdutiva com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ontem, o sindicato dos servidores decidiu manter a paralisação marcada para o próximo dia 18. Além do reajuste salarial, os funcionários pedem a reestruturação da carreira de auditor técnico e concursos para repor os quadros.

Ao Correio, o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fábio Faiad, disse que a reunião com Campos Neto foi "amistosa", porém sem avanços. "Ele disse que ia avaliar, conversar com a equipe, mas, de proposta concreta, não teve nada. A esta altura do campeonato, isso é pouco. A Receita (Federal) está quase conseguindo (chegar a um acordo), a polícia, também", ressaltou, ao descrever uma aparente tranquilidade de Campos Neto ante a possibilidade de greve dos servidores.

Segundo Faiad — que também é vice-presidente de Comunicação do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) —, Campos Neto não demonstrou preocupação com a paralisação da semana que vem e o assunto nem mesmo foi citado na conversa. Há perspectiva, no entanto, de uma nova reunião depois dessa data para tentar avançar nas conversas. "Não tocamos nesse assunto de greve, foi apenas o início de uma conversa. Eles disseram que podemos marcar outra reunião", afirmou.

Para o próximo dia 18, está marcada uma mobilização de várias carreiras do setor público, incluindo a elite, representada pelo Fonacate, e o "carreirão", cujos interesses são defendidos pela Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef). Os servidores se reunirão na frente do BC, pela manhã, e na frente do Ministério da Economia, à tarde.

O objetivo é o mesmo: pressionar o governo federal a liberar reajuste salarial para além dos policiais, que tiveram R$ 1,7 bilhão no Orçamento de 2022 para reestruturações com aumento de salário. Os funcionários do BC vão parar entre as 10h e as 12h. No Banco Central, a adesão às listas de não assunção de comissões e de entrega de cargo em comissões da autarquia já têm quase 2 mil servidores, apesar da ausência de vários funcionários devido ao período de férias.

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