Pelo menos três movimentos dos tucanos nesta largada de 2022 indicam dificuldades para o governador de São Paulo, João Doria, fazer valer o resultado da prévia que fez dele pré-candidato do PSDB à Presidência da República. O novo líder do PSDB, Adolfo Viana (BA), escolhido para ajudar a pacificar o partido, ainda não fez um gesto nesse sentido. Em segundo, vem o jantar organizado por Tasso Jereissati em São Paulo, onde tucanos que se opuseram ao nome de Doria avaliaram a conjuntura desta largada de 2022 e falou-se inclusive em candidatura ao governo de São Paulo para buscar uma disputa com o vice-governador Rodrigo Garcia na convenção. Por último, veio a entrevista do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, à rádio O Povo CBN, defendendo que Doria se disponha a abrir mão da disputa ao Planalto, caso a candidatura não se viabilize nos próximos meses.
Para quem acompanha a política interna dos tucanos com total atenção, tudo isso significa que, até o fim de março, muita gente vai tentar balançar o galho da candidatura de João Doria para ver se ele despenca. Amigos do governador lembram que, além do "João trabalhador" e do "João vacinador", Doria terá que adotar o "João equilibrista" para escapar das armadilhas que seus adversários do PSDB começam a colocar pelo caminho.
O Natal foi gordo, hein?
Quem tiver a curiosidade de dar um passeio pelo portal da transparência do Ministério Público Federal ficará estarrecido com os valores que muitos procuradores receberam em dezembro a título de "verba indenizatória". Em alguns casos, essas verbas chegam a R$ 296 mil e a R$ 314 mil. Dois procuradores de regiões diferentes receberam, cada um, R$ 285.911,95.
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Uma lista com nomes de procuradores mais conhecidos circula por grupos de WhatsApp neste fim de semana, apresentando essas verbas e o salário bruto (sem os descontos normais e o do teto salarial da União). Muita gente ficou xingando a turma do
Ministério Público.
Hora de mostrar serviço
Depois do governo João Doria apresentar a primeira vacinação infantil no país, muitos prefeitos de municípios paulistas fizeram o mesmo. Ninguém quer ficar para trás em ano eleitoral.
Enquanto isso,
no Planalto...
Assim como na Câmara, o serviço médico do Palácio do Planalto esteve bastante movimentado na última semana: um número anormal de funcionários com sintomas gripais. E lá, diferentemente do que ocorre no Congresso, a maioria dos servidores não usa máscara.
A hora de Ciro/ Depois de João Doria, Rodrigo Pacheco e Sérgio Moro, será a vez de Ciro Gomes (foto) se apresentar oficialmente como pré-candidato a presidente da República num evento do PDT, esta semana, para marcar os 100 anos do nascimento de Leonel Brizola. E justamente nesse momento em que ele muda o foco de sua artilharia. Deixa de bater em Lula e passa a atacar Sergio Moro.
A guerra por nova CPI/ Os senadores ainda não fecharam o número de assinaturas suficientes para uma nova CPI da Pandemia. O esforço continuará ao longo do recesso. Alguns senadores têm dito que não vão assinar, porque vai ser difícil tocar os trabalhos no ano eleitoral.
Desta semana, não passa/ Faltando duas semanas para a volta dos trabalhos do Congresso, os deputados vão pressionar para ouvir o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ainda esta semana, sobre o apagão de dados. Do atraso na vacinação infantil, o ministro escapou, porque as doses já chegaram.
A vez das crianças/ Finalmente, às vacinas! Fé na ciência, fé na vida.
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