Sem apoio a Bolsonaro, o cofre será fechado

Correio Braziliense
postado em 30/01/2022 00:01
 (crédito: maurenilson freire)
(crédito: maurenilson freire)

O mês de fevereiro será dedicado a organizar os partidos nos estados e acertar os palanques regionais e, a depender do jogo, tem gente no PL disposta a simplesmente fechar o cofre àqueles que não quiserem apoiar Jair Bolsonaro. A briga em cada estado se dará entre os bolsonaristas que seguem para o PL e aqueles não tão entusiasmados com o presidente, mas já instalados no partido de Valdemar Costa Neto.

Essa divisão interna do PL foi fruto de conversas na reunião deste fim de semana e vão continuar pelas próximas semanas, quando Bolsonaro e Valdemar dialogarão com cada estado para acertar os ponteiros. A ideia é ajustar tudo para dar tempo a quem estiver insatisfeito de buscar a janela partidária.

O medo deles...

Detentores do slogan "sem medo de ser feliz", os petistas seguem para esta temporada com receio de levar Lula às ruas. Muitos temem que o ódio de parte do bolsonarismo ao PT desague em um atentado contra a vida do ex-presidente.

... é igual o deles

Se os petistas estão receosos, imagine os bolsonaristas. Desde setembro de 2018, quando o então candidato Jair Bolsonaro foi vítima de uma facada, o receio de um novo atentado permanece.

Conversas de Lula

O ex-presidente teve uma longa conversa com José Dirceu na última semana. O ex-ministro ainda é um dos maiores estrategistas do PT de Lula.

Por falar em Dirceu...

A estratégia dos bolsonaristas para tentar tirar de Lula a posição de líder nas pesquisas é colar a imagem do ex-presidente aos de companheiros presos por malfeitos, como José Dirceu, João Vaccari e Antonio Palocci — este último ex-ministro da Fazenda e delator da Lava-Jato que comprometeu Lula.

Kassab, o inflexível

Não adianta insistir. Gilberto Kassab garante que não irá apoiar Lula no primeiro turno, até porque seria rachar seu partido, que tem um grupo expressivo avesso ao PT. Ele quer chegar com a legenda inteira a novembro de 2022.

Cartão de visitas

O governador João Dória (SP), que aposta nos programas de seu governo para alavancar a candidatura presidencial, ganhou mais um ponto para esse discurso. O programa Parcerias Municipais, da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Regional, sob o comando de Marcos Vinholi, está entre os 10 finalistas do prêmio Evidência, da Fundação Getúlio Vargas, e concorre como um dos favoritos na premiação marcada para março. Em 2021, o mesmo projeto ficou em primeiro lugar no ranking de competitividade entre os estados.

PT com MDB/ Comandante do MDB do Piauí, o senador Marcelo Castro (foto) avisa que irá apoiar o candidato do PT ao governo estadual. Castro planeja, inclusive, apresentar o nome do vice na chapa petista.

E Simone Tebet, como fica?/ "Uma coisa é o estado, outra é a campanha nacional. Cada um vai defender seu candidato a presidente. O PT, o deles, e eu, Simone Tebet", diz o senador.

Sobrevivência garantida/ Marcelo Castro tem mais quatro anos de mandato no Senado. Foi ministro da Saúde no governo Dilma e apoiou a presidente no momento mais difícil do impeachment. Terá sempre a gratidão do PT por causa da sua lealdade aos antigos aliados.

Setor estressado/ Não é só o aumento dos preços da gasolina que agitam a Agência Nacional do Petróleo (ANP). A demora na escolha dos novos diretores também deixa o ambiente tenso. O nome mais cotado, no momento, é o do atual superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento da autarquia, Alfredo Renault.

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