A escalada das tensões envolvendo Rússia e Ucrânia mexeu com o humor dos investidores. Em baixa desde o início do dia, as bolsas nos Estados Unidos fecharam com quedas entre 1,43% (índice Dow Jones) e quase 3% (Nasdaq), enquanto houve forte procura por títulos do governo americano. Já o preço do barril de petróleo do tipo Brent para abril avançou 3,31%, alcançando a cotação de US$ 94,44 — no maior nível desde o fim de 2014.
O movimento não foi muito diferente no Brasil. Puxado pelas ações da Petrobras, o Ibovespa chegou a subir aos 115 mil pontos no meio da tarde, mas a notícia de uma invasão iminente da Ucrânia derrubou o índice, que fechou com valorização de 0,18%, aos 113,5 mil pontos. O ganho acumulado na semana foi de 1,18% e, no mês, de 1,27%.
Já o dólar passou a maior parte do dia em queda, chegando a bater em R$ 5,18 — o que não se via desde setembro do ano passado —, com queda de 1,15%. No fim, fechou a R$ 5,2424, estável (alta de 0,01%) em relação ao pregão de quinta-feira.
"O início do dia já tinha sido negativo na Europa, e, aqui, tivemos um carrego do Itaú Unibanco, dos resultados trimestrais, e do petróleo, o que segurou o mercado até o meio da tarde, quando começaram os rumores de tomada de posição firme da Rússia sobre a Ucrânia", disse Bruno Madruga, que lidera a área de renda variável da Monte Bravo Investimentos. "Em Nova York, o índice VIX (que reflete a volatilidade com base em opções sobre o S&P 500) subiu mais de 20%, refletindo o aumento da percepção de risco, assim como o comportamento dos Treasuries. Aqui, viemos para o zero a zero."
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