O recado do PP para o PP

Correio Braziliense
postado em 13/02/2022 00:01
 (crédito: Caio Gomez)
(crédito: Caio Gomez)

O artigo do ministro da Casa Civil e presidente do PP, Ciro Nogueira, publicado ontem nas páginas do Correio, "Não vamos eleger um presidente, vamos eleger um futuro", foi visto como uma mensagem direta dele aos seus liderados e um discurso para todos os aliados em prol da reeleição do presidente Jair Bolsonaro. O partido e sua cúpula estão convencidos de que o futuro para o Progressistas será muito mais promissor com Bolsonaro do que com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Daqui para frente, avisam os pepistas, esses alertas de seu presidente serão cada vez mais incisivos. Resta saber se surtirá efeito, porque, assim como lá atrás o PP abandonou Lula para sobreviver depois da derrocada do petismo, ninguém acredita que continuará na batalha pró-reeleição, se perceber o fim do bolsonarismo.

Para quem não leu o artigo, o ministro diz com todas as letras que "hoje, parece que o PT foi absolvido de seus 14 anos de poder. Como se a anulação da sentença de Lula estivesse anulado o Mensalão, o Petrolão, os 'aloprados, a 'pandilmia'", escreve Ciro Nogueira, chamando de "pandilmia" a crise econômica de 2015 e 2016. Ele cita que o retorno do PT seria a volta dos erros do passado e acusa o Partido dos Trabalhadores de, "surfista que é", surfar na onda do descontentamento mundial que atingiu todos os líderes, inclusive Bolsonaro. E discorre ainda sobre tudo o que foi feito pelo governo no período da pandemia.

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Lugar confortável

A iniciativa do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, para deixar seu partido em apenas um dos lados da polarização faz sentido. Afinal, dizem alguns pepistas, ao lado de Bolsonaro o PP está mais bem posicionado e não precisará disputar espaço com todos os partidos de esquerda e com outros na hora de dividir um futuro governo.

CURTIDAS

 (crédito: Bruno Fritz/Divulgação)
crédito: Bruno Fritz/Divulgação

Autonomia/ O encontro do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, um nome de destaque do PSB, com o ex-juiz Sergio Moro (foto) foi sob encomenda para afastar a conversa de federação com o PT e mostrar que os socialistas não irão aceitar tudo o que os petistas desejam, ainda que o Partido dos Trabalhadores seja o maior nas raias mais à esquerda. Há quem diga que, depois desse encontro entre Moro e Casagrande, a federação entre PSB e PT já era.

Enquanto isso, no centro.../ União Brasil, PSDB e MDB vão posar para fotos na próxima terça-feira, quando discutem formar uma federação. Só tem um probleminha: Tem muito cacique nessas legendas e poucos dispostos a ceder espaço para garantir um casamento por quatro anos.

Imagem é tudo/ O governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania), tenta sem sucesso um encontro com o ex-presidente Lula. Até aqui, não conseguiu sequer um dedo de prosa.  Já o vice-presidente do Senado, Veneziano do Rego (MDB-PB), esteve com o petista pelo menos três vezes e sempre com direito a fotos.

Férias, finalmente/ Hora daquele descanso de fato e de direito. Nesse período, a coluna ficará a cargo do nosso editor, Carlos Alexandre de Sousa. 

"Aceita que dói menos"

O ministro Ciro Nogueira mostra que já tem plano formatado para fazer frente ao que o PT apresentará na campanha. Menciona, por exemplo, que o auxílio emergencial pago pelo governo federal representou 15 anos de Bolsa Família num único ano. Quanto às vacinas, ele diz ainda que o presidente Jair Bolsonaro não tomou, mas não deixou faltar vacina para quem quis se imunizar contra a covid.

A corrida para o STJ I

Com duas vagas em aberto no Superior Tribunal de Justiça (STJ), os magistrados começam a fazer suas apostas entre os 16 nomes inscritos. Hoje, não são poucos os que colocam suas fichas no desembargador Paulo Sérgio Domingues, de São Paulo, como nome certo para compor a lista de quatro nomes que será eleita ainda este semestre pelos ministros do Tribunal e, posteriormente, enviada a Bolsonaro.

A corrida para o STJ II

Outros seis são citados em conversas reservadas, como aqueles que estão firmes no páreo para compor as outras três posições da lista a ser enviada a Bolsonaro. Do TRF-2 (RJ), concorrem Messod Azulay e Aloisio Gonçalves. Do TRF-1, Ney Bello e Carlos Brandão. Integram ainda a bolsa de apostas Fernando Quadros, do TRF-4 (Sul), e Cid Marconi, do TRF-5 (Nordeste).   

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