O União Brasil (UB), nascido da junção entre o PSL e o DEM, estreia hoje no Congresso Nacional. Apesar do tamanho — controla 29% do plenário da Câmara, com 149 deputados, e 35% do Senado, com 29 senadores; e fará jus a R$ 1,7 bilhão do Fundo Eleitoral para financiar seus candidatos em outubro —, tem uma série de questões internas para resolver. Sobretudo quem fica e quem sai da legenda com vistas ao pleito de outubro.
Isso porque muitos parlamentares ainda avaliam a permanência nas fileiras do UB. É o caso do deputado federal Marcelo Brum (PSL-RS), que diante dos prováveis rumos a serem tomados pela fusão, está reavaliando a permanência no partido. "Ainda não decidi qual partido estarei fazendo parte para as eleições de outubro. Devo decidir nos próximos dias", disse.
Já o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) está com o rumo definido: se desligará da nova legenda por um descontentamento gerado no processo de criação do UB. "Sou o único deputado Distrito Federal e mesmo sendo o único parlamentar eu não tive participação na tomada de decisões da regional. Isso me incomodou. Mas quando eles acordaram e viram que eu estava incomodado, e manifestando que iria sair, me chamaram para conversar. Aí eu já não tinha mais interesse", explicou o deputado, que estuda migrar para o Republicanos.
A estratégia do UB era ter a maior bancada para viabilizar as eleições pela Terceira Via, contrapondo a polarização gerada entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL). Miranda prevê uma grande evasão dos parlamentares.
"Talvez não tenha essa força toda dentro da Câmara e do Senado. E, pior, nas eleições, se não tiver um grande resultado, talvez não seja o maior partido no próximo mandato", observou o deputado.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.