União Brasil estreia hoje no Congresso com bancada indefinida

Taísa Medeiros
postado em 15/02/2022 00:01 / atualizado em 15/02/2022 17:12

O União Brasil (UB), nascido da junção entre o PSL e o DEM, estreia hoje no Congresso Nacional. Apesar do tamanho — controla 29% do plenário da Câmara, com 149 deputados, e 35% do Senado, com 29 senadores; e fará jus a R$ 1,7 bilhão do Fundo Eleitoral para financiar seus candidatos em outubro —, tem uma série de questões internas para resolver. Sobretudo quem fica e quem sai da legenda com vistas ao pleito de outubro.

Isso porque muitos parlamentares ainda avaliam a permanência nas fileiras do UB. É o caso do deputado federal Marcelo Brum (PSL-RS), que diante dos prováveis rumos a serem tomados pela fusão, está reavaliando a permanência no partido. "Ainda não decidi qual partido estarei fazendo parte para as eleições de outubro. Devo decidir nos próximos dias", disse.

Já o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) está com o rumo definido: se desligará da nova legenda por um descontentamento gerado no processo de criação do UB. "Sou o único deputado Distrito Federal e mesmo sendo o único parlamentar eu não tive participação na tomada de decisões da regional. Isso me incomodou. Mas quando eles acordaram e viram que eu estava incomodado, e manifestando que iria sair, me chamaram para conversar. Aí eu já não tinha mais interesse", explicou o deputado, que estuda migrar para o Republicanos.

A estratégia do UB era ter a maior bancada para viabilizar as eleições pela Terceira Via, contrapondo a polarização gerada entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL). Miranda prevê uma grande evasão dos parlamentares.

"Talvez não tenha essa força toda dentro da Câmara e do Senado. E, pior, nas eleições, se não tiver um grande resultado, talvez não seja o maior partido no próximo mandato", observou o deputado.

 

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