O presidente do PSD, Gilberto Kassab, segue aguardando o comunicado oficial da possível desistência do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) da candidatura à presidência da República. Apesar de garantir para interlocutores que apoia a manutenção do presidente do Congresso como pré-candidato, nos bastidores percebe-se uma movimentação rumo a um plano B — que pode ser o governador gaúcho Eduardo Leite.
O tucano cogita trocar de partido porque ainda está inconformado com a derrota nas prévias do PSDB para o governador de São Paulo, João Doria — que vem sendo minado dentro da própria legenda e vem apresentando um rendimento pífio nas pesquisas de intenção de voto. Mas Leite já mandou recados de que só deixa o ninho em que está hoje se for para disputar o Planalto.
No PSDB, o caminho do governador gaúcho é a disputa à reeleição ao Palácio Piratini. Porém, caso acerte a entrada no PSD, pode ser convencido a seguir o mesmo rumo. Diante da possibilidade de acolher o ex-governador Geraldo Alckmin e fechar a chapa presidencial com Lula Inácio ula da Silva (PT), Leite ficaria sem espaço na corrida ao Planalto.
O apoio a Lula logo no primeiro turno, porém, poderia trazer dividendos para o ainda tucano. Isso porque, na eventualidade de ser convencido à buscar a reeleição, Leite teria um palanque forte ao lado do petista — num estado que pode ter dois candidatos falando em nome do presidente Jair Bolsonaro (PL), o atual ministro do Trabalho e Previdência Onyx Lorenzoni e o senador Luiz Carloos Heinze (PP-RS).
Kassab, porém, assegura que a candidatura própria do PSD está mantida — apesar dos rumores nos bastidores. Em jantar oferecido pelo deputado federal Marco Bertaiolli (PSD-SP), na última terça-feira, ele tranquilizou a bancada federal do partido e salientou que estyá trabalhando para construir uma bancada forte no Congresso a partir da próxima legislatura. (Com TA)
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