Eleições PDT inaugura temporada de programas partidários. Ao todo, 23 legendas poderão se apresentar aos eleitores

Partidos iniciam propaganda

TAINÁ ANDRADE GABRIELA CHABALGOITY*
postado em 27/02/2022 00:01
 (crédito: pacifico)
(crédito: pacifico)

A propaganda partidária gratuita em rádio e em televisão, em âmbito nacional e estadual, começou a ser veiculada ontem. Mas nem todos os partidos programados conseguiram finalizar a tempo as peças publicitárias. Com uma mudança de última hora na ordem inicial, estabelecida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Partido Democrático Trabalhista (PDT) abriu a transmissão de programas, com 40 inserções. A partir do dia 10 de março, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) entrará com cinco inserções. Previsto para iniciar o período de propaganda partidária, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) teve a data postergada. As primeiras 20 inserções virão em março, iniciando no dia 15.

Na última semana, o PSol pediu ao TSE o adiamento da data de estreia nas propagandas. Juliano Medeiros, presidente nacional da sigla, explicou que a retirada não ocasionará perdas para a campanha. Segundo ele, a solicitação foi feita à Corte Eleitoral porque, pela ordem das prioridades internas do partido, os vídeos não haviam sido finalizados.

Além de expor os principais pontos de um programa de governo, o PDT pretende vincular as propostas ao pré-candidato à presidência, Ciro Gomes. Um dos destaques no plano de comunicação da legenda é defender a participação das mulheres nas eleições. O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, informou ao Correio que as propagandas irão trazer um nome da sigla de cada região do país, mas Ciro será o protagonista da propaganda partidária. "O espaço será um esforço para divulgar o projeto [de governo] associando a imagem de Ciro Gomes, que é o nosso vice-presidente e candidato do partido", explicou.

Diferentemente das propagandas partidárias suspensas em 2017, o TSE enumerou, em resolução, uma série de exigências às quais os partidos estão se adaptando. Uma delas, no artigo 4º, proíbe "a utilização de tempo de propaganda partidária para promoção de pretensa candidatura, ainda que sem pedido explícito de voto, constitui propaganda antecipada ilícita". A punição seria multa entre R$ 5.000 a R$ 25 mil ou o custo da propaganda, mais cassação do tempo de partido no primeiro semestre, do próximo ano.

Entretanto, os partidos mantêm o propósito de colocar os candidatos em primeiro plano. É o caso do MDB, que tem a senadora Simone Tebet como porta-voz da campanha. "Foram definidas as linhas gerais das inserções de março, que tem a ver com o espírito da campanha institucional do MDB, cuja porta-voz é a senadora Simone Tebet. Sendo o maior partido do país, com maior número de prefeitos, vices e vereadores, ou seja, como um partido municipalista, nosso objetivo é projetar nossas bandeiras em âmbito nacional, e a senadora Simone cumpre esse papel", informou o presidente do partido, Baleia Rossi (MDB-SP).

O Partido Progressistas, que optou por só utilizar o tempo de propagandas para os estados, irá testar as novas regras com os deputados e governadores do partido. Mas o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), esclarece que o espaço "serve para divulgar o programa do partido, não as pessoas". "Os primeiros comerciais estão rodando, e vamos ver como vem a possibilidade do tipo de mensagem. Tem uma regra clara do que pode ou não. Vamos ver se conseguimos fazer sem tomar punição. A malha é tão detalhada que é impossível não infringir", criticou.

(Estagiária sob a supervisão de Carlos Alexandre de Souza)

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