ELEIÇÕES

Telegram: Barroso diz não gostar da ideia de banir aplicativo no Brasil

Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro demonstrou incômodo com a falta de controle em relação à plataforma, mas rechaçou a ideia de proibir uso do aplicativo

Questionado sobre a possibilidade de proibir o uso do aplicativo Telegram no Brasil, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou que “não gosta da ideia de banir uma plataforma”. Apesar do comentário, o ministro também disse que "não gosta da ideia de haver venda de armas em uma plataforma". Conforme o Correio mostrou, o Telegram tem sido um terreno fértil para fake news, venda de drogas, armas e notas falsas.

Atualmente, o Telegram está instalado em 53% dos smartphones no país, taxa que era de apenas 15% em 2018, segundo levantamento do site MobileTime em parceria com a empresa de pesquisas on-line Opinion Box. A rede permite grupos com 200 mil pessoas, além de compartilhamento irrestrito.

Em poucas horas navegando, é possível encontrar grupos de venda de armas, drogas e CPF e compartilhamento de pornografia infantil. Apologia ao nazismo, comércio ilegal de imagens e desinformações sobre a vacina contra a covid-19 também proliferam — mais de 50 mil grupos foram formados na plataforma com essas finalidades.

Sem controle, a plataforma preocupa as autoridades brasileiras, que não conseguem dialogar com os representantes legais. A declaração foi dada por Barroso em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo em Washington, nos Estados Unidos. O comentário foi feito por Barroso após ele ser questionado sobre o banimento do Telegram.

O TSE afirmou que tem feito diversas tentativas de contato com o Telegram, mas ainda segue sem resposta. A dificuldade seria por causa da falta de escritório da empresa no Brasil. “O tribunal entrou em contato com a plataforma, por algumas vezes, e, após não ser bem-sucedido nas tentativas informais, encaminhou um ofício com o objetivo de formalizar uma cooperação que vise combater a desinformação", informou a Corte.

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