Ex-deputado

Roberto Jefferson se torna réu em processo no STF por homofobia, calúnia e difamação

O relator, ministro Alexandre de Moraes, frisou que as declarações de Jefferson em entrevistas são gravíssimas e tem claro intuito de "impedir o pleno exercício das atividades investigativas conferidas ao Parlamento nacional"

 

Por cinco votos a favor, o ex-deputado Roberto Jefferson se tornou réu mãos uma vez no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (18/2). Os ministros acataram a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que acusa o ex-parlamentar de cometer homofobia, incitação ao crime de calúnia e difamação contra membros do Congresso e da Suprema Corte brasileira.

Segundo o ministro relator, Alexandre de Moraes, a PGR indicou de modo claro e objetivo, "a gravidade das manifestações do denunciado, consignando que os discursos por ele proferidos atentam fortemente contra o Estado Democrático, possuindo brutal potencial lesivo às instituições democráticas, pois tiveram o intuito de tentar impedir o livre exercício do Poder Legislativo”.

Moraes ainda frisou que as declarações de Jefferson em entrevistas são gravíssimas e tem claro intuito de "impedir o pleno exercício das atividades investigativas conferidas ao Parlamento nacional".

O ministro também votou para enviar a denúncia a justiça do Distrito Federal. O julgamento termina na sexta-feira que vem (25/2).