Combustíveis

Mesmo com ICMS congelado, Bolsonaro volta a culpar imposto por alta na gasolina

O presidente da República segue atribuindo responsabilidade pela alta dos preços aos governadores

Em evento do mercado financeiro nesta quarta-feira (23/2), o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que não vai interferir na política de preços da Petrobras e que o preço dos combustíveis devem continuar os mesmos que vem sendo registrados atualmente, mas sem novos aumentos. 

"Estamos chegando a 50 dias sem reajuste dos combustíveis. Eu não tenho como interferir e não vou, mas eu acho que vai continuar esse preço, apesar de um pouco alto. Nós termos que discutir a composição do preço do combustível", disse o presidente, em evento com empresários e banqueiros.

Bolsonaro ainda voltou a atribuir aos governadores a responsabilidade pelo alto preço dos combustíveis. De acordo com o mandatário, o ICMS é a razão pela qual o desconto não chega às bombas nos postos. 

O discurso usado pelo presidente da República e aliados, entretanto, não é corroborado por especialistas e é rebatido pelos governadores. Desde novembro, os estados congelaram o ICMS em um esforço para frear a escalada dos combustíveis, mas o resultado não foi visto nas bombas.

Segundo o Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) os governos das Unidades da Federação deixaram de arrecadar cerca de R$ 3,8 bilhões no período entre novembro, quando iniciou o congelamento e 15 de fevereiro. 

 

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