O funil da política
Os dirigentes partidários já fizeram as contas e, a continuar valendo as regras desta eleição de 2022 para as próximas duas rodadas nacionais, ou seja, 2026 e 2030, o número de partidos será reduzido para apenas oito com representação na Câmara dos Deputados, hoje são 23. Para este ano, as projeções dos dirigentes partidários indicam que dos 23 partidos com representação na Câmara dos Deputados, hoje, o número cairá para entre 12 e 16.
As apostas são as de que apenas seis agremiações fecham as urnas deste ano com status de grandes partidos: PT, PL, PP, PSD, Republicanos e União Brasil. No meio da pirâmide ficarão PSDB, MDB, PDT, PSB, Podemos e Solidariedade. Quanto aos demais, a sobrevivência é vista como algo incerto. Não por acaso, Cidadania, PV e PCdoB já optaram por buscar uma federação capaz de lhes dar abrigo. Mas, ainda assim, há o risco de terminarem engolidos pelos grandes.
Dado preocupante
A última pesquisa DataSenado quis saber: "Você sente orgulho ou vergonha de ser brasileiro?" 62% responderam sentir vergonha, enquanto 31% se orgulham. Apenas 3% não sentem nem vergonha e nem orgulho. É algo para a classe política brasileira pensar.
Não está fácil
para os jovens
A diretora do DataSenado, Elga Lopes, diz que entre os jovens a situação está pior. Na faixa até 29 anos, 70% deles têm vergonha e, dentro desse percentual, 40% planejam deixar o país. "Esse dado assusta. O espírito do eleitor agora é como se não tivesse mais esperança. Antes dizia, ah, agora está ruim, mas quando fulano entrar, vai melhorar. Agora, está de mau humor com todos. Não tem esperança de que alguém irá mudar a vida dele", diz Elga.
A palestra de Leite
Ao participar de um evento da SXSW, a megafeira de tecnologia do Texas, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ouviu de um gaúcho na plateia um pedido para que reconsiderasse a candidatura à reeleição. Leite respondeu que o plano nacional estava mais fácil e que volta ao Brasil, hoje, justamente para tratar desse assunto.
Próxima etapa
Derrubado o veto ao Refis esta semana, os próximos dias serão de uma corrida à Receita Federal para que as micro e pequenas empresas possam parcelar seus débitos até 31 de março, quando vence o prazo. Senão, ficarão fora do Simples.
O bom é o impresso/ A decisão do Ministério da Educação (MEC) de reter dados do censo escolar de 2021 por causa da Lei de Geral de Proteção de Dados (LGPD) e, de quebra, ainda tirar do ar a série história dos dados do censo e do Enem deixou uma lição aos políticos. Nada melhor do que os dados impressos.
Turma por Lula/ Marta Suplicy (foto) e Renan Calheiros jantaram numa roda de senadores na semana passada em Brasília. Ambos vão apoiar Lula. Marta foi, inclusive, ao jantar do Prerrogativas, em dezembro, demonstrar pessoalmente seu aval à candidatura do ex-presidente.
Esqueceram de um/ No evento em que foi agraciado com o título de cidadão araraquarense, o presidente do MDB, Baleia Rossi, fez uma promessa ao ex-deputado Marcelo Barbieri, que comandou o partido interinamente, em 1998. Barbieri é o único que não tem foto na galeria dos ex-presidentes partidários. Ato na terça-feira, na presidência do MDB, irá corrigir essa falha.
Passou dos limites/ Absurda a agressão ao motoboy Daisson dos Santos Nunes por um morador do condomínio Quintas da Alvorada, em Brasília. Nada justifica a violência. Os motoboys deveriam se mobilizar e recusar entregas em endereços de agressores. Quem parte para a violência, que vá buscar sua comida. Aos deputados, fica aqui a sugestão de um leitor, para que seja feita uma lei com algo do tipo: bateu em entregador, não tem mais direito a pedir comida pelo sistema delivery. Afinal, se houve algum problema na entrega, que se dialogue e resolva o problema de forma civilizada.
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