Eleições

"Assumir que Bolsonaro já perdeu é arrogante", diz Tabata Amaral

Deputada cobrou união entre os partidos de oposição para ganhar as eleições de 2022

Correio Braziliense
postado em 13/03/2022 10:48
 (crédito: Luis Macedo/Camara dos Deputados)
(crédito: Luis Macedo/Camara dos Deputados)

A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) cobrou que o Partido dos Trabalhadores (PT) lidere uma frente ampla entre os partidos da oposição para derrotar o presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições deste ano. Em entrevista ao UOL News, nesta quinta-feira (10/3), a parlamentar disse que, ao contrário do que muitos podem pensar, a eleição não está decidida. "É muito importante que a gente entenda que Bolsonaro não foi vencido ainda. Eu estou especialmente preocupada com as últimas pesquisas. Eu acho muito arrogante assumir que ele já perdeu", afirmou. 

Apesar disso, a parlamentar voltou a afirmar que é contra a federação do PSB com o PT. Segundo ela, caso isso ocorresse o partido se tornaria uma sublegenda do PT. "Quando a gente fala de um partido grande, esse caminho é mais difícil em relação a siglas menores. Você fala de uma federação que faz um único partido. E um partido tão grande como o PSB, na minha opinião, não precisa", destacou. Na semana passada, Tabata já tinha dito, durante um jantar com empresários em São Paulo, que luta "bravamente" contra a federação PT-PSB. 

A parlamentar deixou claro, contudo, que isso não significa que o PSB não posso integrar a chapa do PT nas eleições presidenciais e para o governo de São Paulo, por exemplo. "A discussão sobre federação é uma, a discussão sobre possíveis coligações é outra. O fato que o PSB não vai federar com PT não significa que o PSB não vai está na chapa do Alckmin como vice do Lula, que não podemos ter uma única candidatura de Haddad e Márcio França." 

Tabata Amaral ressaltou que tem suas críticas ao PT e que uma delas é o partido não está se preocupando com um plano de governo. "Acredito que quem me acompanha tenha bastante clareza das críticas que tenho ao PT. Venho defendendo que tivéssemos uma terceira via que pudesse furar essa polarização. Essa terceira via não se viabilizou. A gente tem que entender que essa eleição não está ganha. Mais difícil do que derrotar o Bolsonaro será governar. Por isso defendo uma frente ampla, que a gente consiga agregar o máximo de partidos", afirmou. 

A deputada também deixou claro que não está definido que candidato irá apoiar nas eleições, já que o PSB também não tomou uma decisão ainda. "Meu voto não está definido, falo como cidadã, mas tenho clareza que vou estar do lado oposto a Bolsonaro", disse. 

 

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