O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o bloqueio do Telegram no país.
"Quem se eleger presidente, indica dois ministros ao STF. E, quando se fala em STF, eu pousando hoje (ontem), em Rio Branco, tive uma notícia, no mínimo, triste. A decisão de um ministro de simplesmente banir do Brasil o aplicativo Telegram", discursou em evento da igreja Assembleia de Deus no Acre. "Deixo claro que 70 milhões de pessoas usam Telegram no Brasil para fazer negócios, se comunicar com a família, para lazer, e uma parte considerável, fazer o contato com hospital, paciente, médico. Olha as consequências da decisão monocrática de um ministro do STF." Ele disse ser "inadmissível uma decisão dessa natureza".
O ministro da Justiça, Anderson Torres, anunciou ter determinado aos servidores da pasta que "estudem imediatamente uma solução" para reverter a decisão do magistrado.
Bolsonaro tem 1,086 milhão de seguidores no Telegram, plataforma vista como a boia de salvação de apoiadores do chefe do Executivo, enquadrados por Twitter, Facebook e Instagram por informações consideradas falsas.
Os filhos do presidente também são usuários do Telegram. O senador Flávio (PL-RJ) tem 94 mil inscritos no aplicativo; o vereador Carlos (Republicanos-RJ), que cuida das redes sociais do pai, soma 78 mil, e o deputado Eduardo (União Brasil-SP), 53 mil.
Favorito nas pesquisas de intenção de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conta com 48.566 seguidores no Telegram. Na lista dos presidenciáveis, Ciro Gomes (PDT) vem em seguida: o canal do ex-ministro tem 19.279 inscritos. Já o do ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro (Podemos) soma 5.339. (Com Agência Estado)
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