Escândalo na Educação

Senador quer convocar Milton Ribeiro para esclarecer gabinete paralelo no MEC

Segundo Jean Paul Prates (PT-RN), as atitudes do ministro da Educação ferem todos os princípios que norteiam a administração pública direta e indireta

Cristiane Noberto
postado em 23/03/2022 14:44 / atualizado em 23/03/2022 14:44
Milton Ribeiro:
Milton Ribeiro: "Recursos não são usados para favorecer grupos específicos" - (crédito: Isac Nóbrega/PR)

O senador Jean Paul Prates (PT-RN) apresentou, nesta quarta-feira (23/3), um requerimento de convocação à Comissão de Educação (CE) do Senado para que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, esclareça sobre os desvios de verbas a municípios chefiados por pastores evangélicos. 

“O Ministério da Educação é uma pasta estratégica para o desenvolvimento nacional. Durante o governo Bolsonaro, tragicamente, a gestão do MEC vem sendo marcada por descontinuidade, incompetência, ideologização, descompromisso e tudo sugere que também por ilegalidades”, declarou no documento. O colegiado deve analisar o pedido do parlamentar nesta quinta-feira (24).

O líder da minoria ainda destacou que o ministro está rasgando o artigo 37 da Constituição Federal, que versa sobre os princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

Por isso, segundo o senador, as atitudes ferem todos os princípios que norteiam a administração pública direta e indireta.

Em áudio divulgado nesta semana, Ribeiro revela que priorizou, a pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL), a destinação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) a municípios administrados por prefeitos vinculados aos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. Milton Ribeiro nega as acusações.

Os religiosos estariam participando de atividades oficiais do Ministério da Educação, mesmo sem serem servidores públicos ou de cargos comissionados. E também estariam fazendo uso de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para deslocamentos.

 

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