Podemos ter Leite e Ciro
A nota oficial da presidente do Podemos, Renata Abreu, foi vista pelo grupo simpático à candidatura presidencial de Eduardo Leite como uma brecha, não para filiação, mas tentar encorpar uma opção pelo agora ex-governador do Rio Grande do Sul fora do PSDB, hoje o candidato do PSDB com direito a papel timbrado pelo presidente do partido, Bruno Araújo. Os aliados de Leite, liderados por Aécio Neves, vão procurar Renata Abreu para conversar a partir da semana que vem. Os movimentos mais robustos, porém, ficarão para depois da Semana Santa. Até lá, muitos querem esperar a poeira baixar após a saída de João Doria do governo de São Paulo e o anúncio da pré-candidatura ao Planalto.
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Renata deixa transparecer um pote de mágoas em relação ao ex-juiz Sergio Moro e não esconde a vontade de encontrar um candidato que "olhe nos olhos, sem titubear". É nisso que os apoiadores de Eduardo Leite se firmam hoje. Só tem um probleminha: emissários de Ciro Gomes também vão buscar o Podemos, que virou um potencial aliado para todos os interessados em se apresentar como a alternativa mais viável à polarização.
Sonho e realidade
Diante do aceno de João Doria para permanecer no governo de São Paulo, a maior esperança dos mais fiéis aliados do governador era a de que os tucanos fizessem milhões de apelos para que ele fosse candidato a presidente. As súplicas, porém, foram mais para o cumprimento do acordo com o vice-governador Rodrigo Garcia, que foi para o PSDB justamente para concorrer ao governo estadual.
A desculpa está criada
Dizem os tucanos, não é fácil deixar o comando de "transatlântico", como o governo de São Paulo. Com Doria fora do governo estadual, Rodrigo Garcia tem a desculpa perfeita para dar um chega para lá no quase ex-governador.
Por falar em PSDB...
Além da briga interna, os tucanos terão dificuldades em ter quem replique a campanha presidencial nos estados. No Ceará, por exemplo, o PSDB não tem
mais um deputado federal para chamar de seu.
Enquanto isso, no Planalto...
O partido do presidente Jair Bolsonaro, o PL, ampliou a base eleitoral em todos os estados. E, para completar, a solenidade que marcou saída dos ministros que vão concorrer às eleições deixou, até nos adversários que acompanharam o evento, a sensação de que o chefe do Executivo terá o que mostrar na campanha, em termos de realizações. Vai ser difícil tirar o presidente do segundo turno.
A volta de Huck/ Luciano Huck (foto) se prepara para uma nova investida na cena política. Ele se apresentou no ano passado como pré-candidato a presidente da República e desistiu para assumir as tardes de Domingo, da TV Globo. Agora, voltará como um dos potenciais apoiadores de Eduardo Leite.
Veja bem/ Ficou registrado pelos artistas ligados a Huck a frase de Leite ao deixar o governo gaúcho, "eu não saio, eu me apresento". Ou seja, tem jogo.
E o PT, hein?/ Lula segue como favorito na maioria das pesquisas. Mas tem um probleminha: se deixar crescer a ideia de que ficou rico no governo, vai dar ruim. O episódio do relógio Piaget associado às postagens de bolsonaristas com o depoimento de Antonio Palocci são temas que complicam o ex-presidente nesta pré-campanha.
Da paz/ De tenso, no 31 de março, só mesmo o discurso do presidente Jair Bolsonaro falando em "calma, um c...". Ao admitir colocar a tornezeleira eletrônica, Daniel Silveira reduziu o desconforto da Casa e as ameaças de radicalismo. Agora, o foco será o Sete de Setembro, em plena campanha eleitoral.
No mais.../ O Brasil terá uma campanha presidencial tranquila. 1º de Abril!!!
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