CURTIDAS

Correio Braziliense
postado em 03/04/2022 00:01

Moro é o alvo principal do PT até as convenções

As dificuldades do pré-candidato Sergio Moro em conseguir emplacar uma candidatura presidencial foram comemoradas no PT. Já fazia parte dos planos partidários tentar apontar o ex-juiz como alguém que tinha apenas objetivos políticos ao condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, segundo os petistas, sem provas. A avaliação é de que Moro já gastou parte do seu capital político ao ser ministro de Bolsonaro e, agora, ao se apresentar para concorrer à Presidência pelo União Brasil, causando a maior confusão dentro da nova legenda. Os partidários de Lula acreditam que o discurso de que houve perseguição política contra o ex-presidente está consolidado.

Em conversas mais reservadas, há, dentro do PT, quem diga que Moro era há algum tempo quem poderia tirar Bolsonaro do segundo turno, complicando a vida de Lula. Tanto é que, com a Petrobras no centro do debate eleitoral, os petistas começaram a ensaiar o tratamento que darão ao caso do Petrolão. Afinal, os adversários vão jogar toda a luz sobre o escândalo que levou para a cadeia políticos e empresários. E, até agora, uma parte dos enroscados na Lava-Jato escapou por "falhas processuais" e não por um atestado de inocência.

Duas frentes para o Petrolão

Já é consenso no PT que não dá para negar que houve malfeitos na empresa, mas dizer que Lula foi o principal beneficiário será rebatido com unhas e dentes. A extinção dos processos será tratada na campanha como um atestado de inocência e o fato de o ex-presidente liderar as pesquisas ajudará a mostrar que a população concorda.

Duas frentes para o Petrolão II

Os petistas pretendem, ainda, resgatar todos os projetos de transparência para aplicação dos recursos públicos, de fortalecimento das instituições publicas e de combate à corrupção. Nesse rol, está inclusive a LAI — Lei de Acesso à Informação.

Alguém tem que ceder

Ulysses Guimarães (sempre ele!) volta a ser citado nas conversas de bastidores dos partidos de centro que buscam uma alternativa a Lula e Bolsonaro. Lá atrás, quando das articulações que fizeram de Tancredo Neves candidato à Presidência, uma parcela expressiva do PMDB queria lançar Ulysses. Mas as circunstâncias levaram a Tancredo. Desta vez, avaliam os paulistas do antigo DEM, não está descartado que as circunstâncias levem a Moro.

O que eles querem

Já tem gente maquiavelicamente dizendo que o ex-juiz, até por não ser "do ramo", seria mais fácil de deixar pelo meio do caminho, falando sozinho e sem ter aonde ir em plena campanha presidencial. Aliás, esses partidos que, hoje, buscam a candidatura de centro abandonaram vários presidenciáveis — entre eles, Orestes Quércia, Geraldo Alckmin, José Serra e até Aécio Neves, em 2014, naquele período em que Marina Silva subiu nas pesquisas. Entre quatro paredes, revelam que a prioridade, agora, é manter os estados que governam ou conquistar aqueles em que seus caciques têm chances. E eleger deputados federais para ter fundo partidário e poder no Parlamento.

Instinto político/ Deputados não se surpreenderam com a decisão do apresentador José Luiz Datena de se filiar ao PSC e fechar uma parceira com o ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos, foto). É que, em São Paulo, os políticos só se referem a Tarcísio, pré-candidato ao governo estadual, como "o bom moço".

Vai que é tua/ Já tem gente apostando uma caixa de Pera Manca que o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) e o ex-ministro de Bolsonaro disputarão o segundo turno para governador de São Paulo.

Palanque anti-Ciro/ No Ceará, o candidato do União Brasil ao governo estadual, Capitão Wagner, terá em seu palanque dois presidenciáveis: Jair Bolsonaro e o representante da chamada terceira via. Se brincar, até Lula será bem-vindo. Lá, a polarização é Ferreira Gomes contra o resto.

Toyota na área/ Depois da Fiat, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, recebeu o presidente da Toyota do Brasil, Rafael Chang. "Reforçamos o compromisso da Toyota do Brasil com o país e a necessidade de promover a competitividade no setor automotivo brasileiro. Ressaltamos a importância da aprovação da reforma tributária e que se traga segurança jurídica para garantir a continuidade dos investimentos no país", disse Chang à coluna.

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