Projeto de armas

Alessandro Vieira para Eduardo Bolsonaro: 'Não represento miliciano'

Segundo o senador, qualquer 'posicionamento equilibrado'', sobre qualquer tema, gera 'reações baseadas em ataques e mentiras'

Ana Mendonça - Estado de Minas
postado em 06/04/2022 16:14 / atualizado em 06/04/2022 16:14
Alessandro Vieira ganhou popularidade depois de participar ativamente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid no Senado -  (crédito: Geraldo Magela/Agência Senado)
Alessandro Vieira ganhou popularidade depois de participar ativamente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid no Senado - (crédito: Geraldo Magela/Agência Senado)

O senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) respondeu ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que afirmou, na tarde desta quarta-feira (06/4), que Vieira era o maior desarmamentista do Congresso, mesmo sendo ex-delegado.

A briga começou por críticas ao Projeto de Lei (PL) n° 3723/2019, que muda regras para registro e porte de armas de fogo e regula a atividade de colecionadores, atiradores esportivos e caçadores (CACs).

Segundo o senador, qualquer "posicionamento equilibrado'', sobre qualquer tema, gera "reações baseadas em ataques e mentiras".

"Deixe de ser preguiçoso e vá ler o texto. A nossa proposta protege os CAC's e atende aos interesses reais da Segurança Pública e dos brasileiros que desejam ter acesso a armas de fogo. Só não atende aos interesses de miliciano e fabricante de arma, mas não represento essa turma."

Mais cedo, Eduardo postou uma crítica ao senador no Twitter. "Porte para ele, desarmamento para você", disse.

Em resposta, Vieira disse que tem "posicionamento claro". "Defendo sim uma flexibilização para acesso, porte e posse, mas com critérios claros e fiscalização bem feitos", afirmou o senador.

Alessandro Vieira ganhou popularidade depois de participar ativamente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID no Senado. Em diversas vezes, o senador que tem o posicionamento mais à direita, se colocou na oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Vieira, inclusive, era apoiador do presidente, mas depois da pandemia, deixou o posto bolsonarista. O senador chegou a discutir algumas vezes com o também senador Flávio Bolsonaro, filho "01" do chefe do Executivo Federal, e também foi pré-candidato à Presidência pelo antigo partido, o Cidadania.

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