Uma arma de fogo do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro disparou, acidentalmente, na tarde de ontem, no Aeroporto de Brasília. Uma funcionária da empresa aérea Gol foi atingida por estilhaços do disparo. Ribeiro foi levado à Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal para prestar esclarecimentos.
No depoimento à PF, o ex-ministro, que deixou o cargo após denúncias sobre a existência de um esquema em que pastores evangélicos intermediavam verbas do MEC para prefeituras, disse que o disparo acidental ocorreu no momento em que foi separar a arma do carregador, dentro da pasta de documentos que levava. De acordo com o ex-ministro, o episódio ocorreu por volta das 17h. Ele embarcaria em um voo com partida às 19h50 para São Paulo.
Ribeiro, que é pastor da Igreja Presbiteriana, afirmou que, "como já havia feito o 'despacho de arma de fogo' pela Internet, dirigiu-se diretamente ao balcão da companhia aérea Latam, e que, ao abrir a pasta de documentos pegou a arma para separá-la do carregador, dentro da própria pasta, momento em que ocorreu o disparo acidental".
"Havia outros objetos dentro da pasta, o local ficou pequeno para manusear a arma", disse o ministro no depoimento. "O declarante, com medo de expor sua arma de fogo publicamente no balcão, tentou desmuniciá-la dentro da pasta, ocasião em que ocorreu o disparo acidental", continuou.
O ex-ministro também relatou à Polícia Federal que "a bala atravessou o coldre e sua pasta, se espalhando pelo chão". Segundo Ribeiro, a única pessoa por perto no momento do incidente era a atendente da Latam e que, após o disparo acidental, ele "próprio indagou as pessoas que foram ao local do incidente se alguém havia sido atingido pelos estilhaços" e que "não apareceu qualquer vítima".
Por volta das 23h, a Gol emitiu nota informando que uma funcionária foi atingida por estilhaços do disparo, que havia sido socorrida e atendida por profissionais de saúde no Aeroporto e passa bem. O nome da vítima não foi divulgado.
Procurada pelo Correio, a Inframerica, responsável pela administração do Aeroporto de Brasília, informou que não comentaria o caso, e que, por se tratar de um disparo de arma de fogo, o caso foi conduzido pela Polícia Federal.
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