O ex-ministro Sergio Moro (União Brasil) afasta cada vez mais a possibilidade de concorrer nas eleições deste ano. Ele afirmou, ontem, que seu papel no partido é de "ajudar a romper com a polarização".
"Em relação a eventual outra candidatura, isso é uma questão que a gente ainda está discutindo. Pode ser que eu não seja candidato a nada", disse, em entrevista ao portal UOL. "Eu vim com o objetivo de ajudar a romper a polarização e a colocar o Brasil no caminho certo."
Então terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, empatado com Ciro Gomes (PDT), ele havia trocado o Podemos pelo União Brasil, no fim de março, com discurso de candidato, mas foi reprimido pelos novos correligionários. Uma ala da sigla chegou a emitir nota descartando qualquer chance de que o ex-juiz disputasse o Planalto.
Em 14 de abril, o União Brasil indicou o presidente da sigla, Luciano Bivar, como o nome do partido para a corrida eleitoral. A legenda negocia com o PSDB, cujo pré-candidato oficial é João Doria, e com o MDB, de Simone Tebet, uma candidatura única.
Moro foi sucinto ao falar sobre a decisão da legenda. "O partido escolheu Luciano Bivar como pré-candidato da República, e essa decisão tem que ser respeitada", frisou.
Sobre os pré-candidatos que lideram as pesquisas — o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Jair Bolsonaro —, ele foi categórico: "Não vejo nem Lula nem Bolsonaro com credenciais suficientemente democráticas". Para o ex-juiz, na eleição de qualquer um deles, "o país não se estabiliza, e nós corremos o risco de caminhar numa direção errada".
"Mal-entendido"
Moro classificou como um "mal-entendido" a crise entre o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio, após declaração do magistrado de que as Forças Armadas estão sendo orientadas para atacar o processo eleitoral brasileiro. "Acho que esse episódio é todo um mal-entendido e que não vale essa escalada", destacou.
* Estagiária sob a supervisão
de Cida Barbosa
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