Eleições

Em motociata, Bolsonaro ataca WhatsApp e ministros do TSE

Presidente aproveitou a oportunidade para discursar para apoiadores e criticar acordo feito entre a rede social e o TSE para evitar fake news

O presidente Jair Bolsonaro (PL) aproveitou a participação em uma motociata nesta sexta-feira (15/4) para discursar para apoiadores em Americana, interior de São Paulo. O chefe do Executivo atacou o WhatsApp e ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Durante discurso, Bolsonaro classificou como "inadmissível" o acordo entre o WhatsApp e o TSE para que a nova funcionalidade da rede social, que permite grupos com milhares de pessoas, só seja implementada no Brasil após as eleições de outubro. O acordo tem como intuito evitar a proliferação de desinformação durante a campanha eleitoral. 

O presidente ainda disse que o acordo não será cumprido.  “Isso que o WhatsApp está fazendo no mundo todo, sem problema. Agora, abrir uma excepcionalidade para o Brasil... isso é inadmissível, inaceitável. E não vai ser cumprido esse acordo que porventura eles realmente tenham feito com o Brasil”, afirmou.  "O Brasil seguirá livre custe o que custar", completou, sem especificar como poderia impedir o acordo, já que ele foi firmado entre o Judiciário e uma empresa particular. 

O WhatsApp anunciou em abril que os grupos da plataforma passarão do limite de 256 integrantes para 2.560. Porém, devido ao acordo com o Brasil, a funcionalidade só será disponibilizada por aqui após o segundo turno das eleições.

O acordo também prevê outras medidas que a rede social deverá tomar para evitar a circulação de desinformação, como a criação de um canal de comunidade extrajudicial 

Motociata 

O presidente Jair Bolsonaro aproveitou o feriado da Sexta-feira da Paixão para fazer mais uma motociata com apoiadores. Os motociclistas saíram da cidade de São Paulo com destino a Americana. O passeio de motos deixou a Avenida dos Bandeirantes, na capital paulista, bloqueada por cinco horas. 

Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o reforço do policiamento contou com efetivo de mais de 1.900 policiais militares e terá um custo de R$ 1 milhão aos cofres públicos

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