Eleições

PT estanca crise com Solidariedade e garante apoio do partido

Lula e Gleisi Hoffmann reuniram-se com o presidente do Solidariedade, Paulinho da Força, nesta terça (19/4) para esclarecer vaias em encontro de centrais sindicais

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, reuniram-se nesta terça-feira (19/4) com Paulinho da Força, que preside o Solidariedade, para pôr fim à crise entre os dois partidos. A reunião ocorreu no Instituto Lula, em São Paulo.

“Infelizmente, aconteceu um fato que a gente lamenta, e não tem absolutamente nada a ver com o Partido dos Trabalhadores, nem com a nossa militância. Eu disse ao Paulinho que foi algo muito localizado”, disse Gleisi, em coletiva, após o encontro.

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O estranhamento ocorreu na última quinta-feira (14) durante encontro de centrais sindicais em São Paulo. No evento, Paulinho foi vaiado mais de uma vez ao ter seu nome mencionado nos discursos, e atribuiu os atos a militantes do PT.

“Dentro do que a gente tinha de esperança, aqui, dessa conversa com a Gleisi e com o Lula, [o estranhamento] foi superado. O Lula realmente quer fazer uma grande aliança para ganhar essa eleição”, disse Paulinho.

Ele anunciou ainda que o encontro da Executiva Nacional do Solidariedade — cancelado após as vaias — para oficializar o apoio da legenda a Lula está novamente de pé e ocorrerá no próximo dia 3 de maio.

Articulador importante

Paulinho da Força, que também exerce o cargo de deputado federal, é visto como uma peça-chave para a articulação de uma frente ampla de apoio à candidatura de Lula. Ele afirmou ontem que esse trabalho já estava sendo feito antes da crise e será retomado agora.

“Acho que tem muitos partidos que ainda estão na dúvida. O MDB tem candidatura própria, mas tem um conjunto de companheiros lá dentro que gostariam de apoiar o Lula”, disse Paulinho na coletiva. “É possível, então, conversar com o [presidente do PSD, Gilberto] Kassab, com o Baleia [Rossi], com o Avante”, avalia.

Paulinho alertou ainda que, apesar da liderança de Lula, a eleição não pode ser considerada ganha. “O governo não está morto. O governo é igual cobre, até morto é perigoso. É preciso, então, que todo mundo entenda isso. Dentro do PT, dentro dos partidos, que entendam que para a gente ganhar a eleição, é preciso todo mundo.”

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