Paulo Teixeira centra ataques em Lira

Denise Rothenburg RAPHAEL PATI*
postado em 05/05/2022 00:01
 (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
(crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) fez uma série de críticas ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e sinalizou que o parlamentar não terá o apoio do Executivo caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vença as eleições de outubro. Na avaliação dele, o político alagoano está "alimentando jacaré" ao avalizar o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Acho que Arthur Lira é o símbolo desse sistema. Como esse sistema não sobreviverá, caso Lula ganhe — acho que ele vai ganhar —, certamente vai precisar de outras opções na chefia do Congresso", destacou Teixeira, em entrevista ao programa CB.Poder, parceria entre o Correio e a TV Brasília. "Ele (Lira) está alimentando um jacaré, que é o presidente da República. Jacaré morde, e vai morder muito mais este país e a ele, que, por meio do orçamento secreto, está se lambuzando, distribuindo dinheiro para cá e para lá."

Teixeira disse que, se eleito, o ex-presidente vai acabar com as emendas de relator. "O que Lula diz é o seguinte: 'Esqueçam o orçamento secreto. Não vai haver orçamento secreto no meu governo. Até porque, isso fere um dos princípios da Constituição, que é o da transparência'", ressaltou.

Na terça-feira, em evento do Solidariedade, Lula afirmou que Lira age como se fosse o "imperador do Japão", por defender a adoção de um regime semipresidencialista no Brasil. O presidenciável também frisou que o parlamentar acha que "pode mandar, inclusive, administrando o orçamento".

No mesmo dia, em coletiva de imprensa na Câmara, Lira rebateu as críticas. Defendeu o poder do Parlamento de legislar sobre o Orçamento da União e disse que os contrários a essa prerrogativa "vêm com intenção de fazer ditadura, de fazer sistemas totalitários no Brasil".

A presença do ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSB) na chapa de Lula também foi comentada por Teixeira ontem. Na avaliação do parlamentar, o ex-tucano será uma peça-chave na campanha do petista, em busca de alianças. "Sobre o Alckmin, ele terá um papel fundamental para ajudar a dialogar com setores importantes do Brasil, nos quais ele tem boas relações", enfatizou. "Ele está animado. Fez um belo discurso no congresso do PSB e é um vice que eu acho que terá uma harmonia grande com o presidente", acrescentou o deputado, também secretário-geral do PT.

*Estagiário sob a supervisão de Cida Barbosa

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