O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), saiu em defesa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele afirmou que a responsabilidade pelas eleições cabe à Corte, que tem estrutura para garantir a higidez do processo eleitoral e da apuração dos votos. Segundo o parlamentar, a sociedade pode ficar tranquila e confiar nas urnas eletrônicas.
Pacheco disse considerar legítima a participação de empresas de auditoria no processo eleitoral, "desde que dentro de certos limites". A manifestação é em relação ao anúncio do presidente Jair Bolsonaro de que seu partido, o PL, pretende contratar uma empresa privada para auditar as eleições deste ano.
"Não cabe a entidade privada, ou outra instituição, a contagem ou recontagem de votos, porque isso é papel da Justiça Eleitoral", enfatizou. "Quanto mais transparência, melhor, mas cabe à Justiça Eleitoral a apuração. Esse é o sistema constitucional, esse é o Estado de direito, e nós precisamos ter confiança nas instituições."
De acordo com Pacheco, a sociedade precisa saber que "temos um sistema que vem funcionando ao longo do tempo". Na avaliação dele, os questionamentos sem justa causa podem atrapalhar o bom andamento das instituições. O senador lembrou que todos os atuais parlamentares no Congresso Nacional foram eleitos por esse processo.
"Não há motivo razoável ou justa causa para se questionar a lisura do processo eleitoral. Até há pouco tempo, isso era motivo de orgulho para todos nós, brasileiros", frisou. "Tenho plena confiança nas urnas eletrônicas e que nossas eleições vão correr dentro da legalidade."
O parlamentar informou que vai consultar o TSE para apreciar uma possível participação do Parlamento Europeu como observador das eleições no Brasil. De acordo com Pacheco, a sugestão do convite ao Parlamento Europeu partiu do senador Ranfolfe Rodrigues (Rede-AP), depois da revogação do convite por parte do próprio TSE. O convite não teria sido bem-visto por integrantes do Executivo.
Pacheco assumiu, ontem, o comando do país como presidente da República interino, após viagem de Bolsonaro à Guiana; do vice-presidente Hamilton Mourão ao Uruguai; e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), aos Estados Unidos. (Com Agência Senado)
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