eleições

Polarização "odienta"

Para Ciro, disputa concentrada em Bolsonaro e Lula é, também, "despolitizada"

raphael felice fabio grecchi
postado em 29/05/2022 00:01

O pré-candidato Ciro Gomes (PDT) classificou, ontem, como "odienta" e "despolitizada" a polarização que cada vez mais se consolida na corrida presidencial entre Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva. Na mais recente pesquisa do Datafolha, divulgada na última quinta-feira, ele aparece com apenas 7% das intenções de voto contra 48% para o petista e 27% para o atual presidente.

"Por onde ando, é cada dia mais forte a percepção que tenho no meu coração de que o Brasil precisa mudar. Essa discussão odienta, essa polarização despolitizada, comunismo, facismo, está muito longe do que estou vendo de perto, aqui embaixo, junto com nosso povo", disse o pedetista, que ontem esteve no bairro Cidade Tiradentes, no extremo da Zona Leste da cidade de São Paulo.

Em conversa com os moradores da região, o pré-candidato do PDT afirmou que o Brasil precisa romper com uma "bola de chumbo". "Estou querendo reunir todos vocês e fazer uma grande e esperançosa jornada para mudar ao redor de um projeto nacional de desenvolvimento", frisou Ciro, que pelas redes sociais se solidarizou com as vítimas das chuvas em Recife — assim como Lula, Bolsonaro e a pré-candidata do MDB, Simone Tebet (leia mais na página 6).

Já nas redes sociais do petista e da senadora, ênfases diferentes. Enquanto o ex-presidente manifestou solidariedade à família de Genivaldo de Jesus Santos e cobrou apuração rigorosa do crime praticado pelos agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) — que o asfixiaram com gás lacrimogênio dentro de um veículo da corporação —, Simone criticou o novo corte feito no Orçamento (ao todo já são R$ 14,5 bilhões) para que o governo federal possa assumir o compromisso de conceder um reajuste linear de 5% ao funcionalismo. "Para conceder um aumento de menos da metade da inflação oficial aos salários do funcionalismo, o governo mantém a sua lógica: corta recursos do que considera supérfluo, como educação, saúde, ciência e tecnologia e mantém do que é superfaturado, como o orçamento secreto", tuitou.

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