Mourão sobre atos: 'Liberdade de expressão'

O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) classificou como "liberdade de expressão" os protestos de manifestantes bolsonaristas, no 1º de Maio, que pediam o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e a volta da ditadura.

"Isso aí é liberdade de expressão. Tem gente que quer isso, mas a imensa maioria não quer. Então, pronto, normal", minimizou o vice-presidente ao chegar, ontem, ao Palácio do Planalto.

O general afirmou, ainda, que os atos em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) — condenado à prisão pelo STF — foram maiores do que os favoráveis ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principal adversário do chefe do Executivo para a corrida eleitoral. Ele também destacou que as manifestações do Dia do Trabalhador não são mais associadas apenas à esquerda.

"Essa realidade já está mudando", ressaltou, citando a França como exemplo. "Viu o que aconteceu com a eleição da França agora, do (Emmanuel) Macron? Já analisou? A juventude está votando mais na direita do que na esquerda. Então, está havendo uma mudança no mundo aí, mudanças que ocorrem com os fatores de influência de cada época em que a gente vive", acrescentou.

Mourão aproveitou para dar uma alfinetada em Lula. Disse que o ex-presidente tem "atravessado o samba", numa referência a declarações controversas do petista. "Lula, de vez em quando, de vez em quando não, ultimamente, só tem atravessado o samba. Então, o problema é dele, (de) medir as palavras", apontou.

No sábado, num evento com mulheres da Vila Brasilândia, em São Paulo, Lula afirmou que Bolsonaro "não gosta de gente, gosta de policiais". Recentemente, o petista também defendeu o aborto e sugeriu que sindicalistas procurassem deputados nas casas deles para fazer reinvindicações.