O presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou, nesta quinta-feira (5/5), que a auditagem para a qual a sigla pretende contratar uma empresa, tem como objetivo "garantir a eleição de Lula". O chefe do Executivo citou pesquisas de intenção de voto que apontam o petista na liderança e disse que a auditagem deve corroborar os levantamentos.
Bolsonaro ainda negou intenção de "dar o golpe". "O que é comum a gente ver no mundo, nas republiquetas; um chefe do Executivo conspirar para ficar no poder. O chefe do Executivo cooptar órgãos para fraudar eleições. Aqui é exatamente o contrário. Já que as pesquisas dizem que o senhor Lula tem 40%, o Lula vai ganhar. Então quero garantir a eleição do Lula com esse processo aqui", alegou.
O presidente também criticou indiretamente decisões de ministros do TSE e do STF.
"Não precisa fazer campanha. Não precisa uma autoridade ou outra, que a gente vê acontecer, ficar desmonetizando páginas de pessoas que nos apoiam, ameaçando ou prendendo pessoas que nos apoiam. Não precisa fazer mais isso daí. O Lula vai ganhar. Essa auditoria externa vai fazer esse trabalho e, se tiver de acordo, vai dar vitória para o Lula sem problema nenhum. A contagem do voto é a alma da democracia. É isso que eu Jair Messias Bolsonaro, eleito com 58 milhões de votos, presidente da República e chefe supremo das Forças Armadas quer", completou.
"Ninguém quer dar golpe. Alguns falam que eu quero dar golpe. Como é que eu posso dar golpe se já sou presidente? Pelo amor de Deus", questionou.
Ainda em meio à live, Bolsonaro anunciou que o PL, presidido por Valdemar Costa Neto, contratará uma empresa para realizar auditoria independente nas eleições de 2022. O chefe do Executivo disse que o trabalho da empresa começará assim que o contrato for assinado e que a mesma acompanhará também a pré-eleição.