Fachin: 'firme atuação' pela paz no pleito

As respostas da equipe técnica do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às Forças Armadas foram acompanhadas de despacho assinado pelo presidente da Corte, ministro Edson Fachin. "Ciente e cumpridor do seu papel constitucional ao longo dos últimos 90 anos, este tribunal manterá firme atuação voltada a garantir paz e segurança nas eleições, a aprimorar o processo eleitoral, a propagar informações de qualidade e, acima de tudo, a exortar o respeito ao resultado das eleições como condição de possibilidade do Estado democrático e de uma sociedade livre, justa e solidária, nos termos da Constituição da República Federativa do Brasil", ressaltou o magistrado.

O TSE informou que as regras do processo eleitoral estão definidas e não é mais possível alterá-las. Segundo o tribunal, cabe agora apenas cumprir o que determinam a Constituição Federal e a legislação. "Paz e segurança nas eleições, eis o que guia a defesa do processo eleitoral, o respeito ao resultado das urnas e o Estado democrático de direito", acrescenta o comunicado.

A nota oficial vem após o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio, enviar ofício, na semana passada, a Fachin pedindo a divulgação das sugestões apresentadas pelas Forças Armadas para as eleições deste ano. Os militares aguardavam respostas da Justiça Eleitoral sobre as sete sugestões de medidas, que estavam sob sigilo e ficaram fora do Plano de Ação de Transparência das Eleições. "Haja vista o amplo interesse público em tal questão", diz o documento do militar.

Ontem, o general general Paulo Sérgio enviou outro ofício ao tribunal informando que, a partir de agora, ele vai tratar diretamente das questões com o TSE. Até o momento, o representante na Corte era o general Heber Portella.

As Forças Armadas foram convidadas, no ano passado, pelo então presidente do TSE, o ministro Luís Roberto Barroso, para participar da Comissão de Transparência das Eleições (CTE). O convite foi visto, na época, como estratégia para frear os ataques do presidente Bolsonaro às urnas eletrônicas, mas se mostrou ineficiente.