Parceria na produção de insumos agrícolas

Correio Braziliense
postado em 04/06/2022 00:01

A preocupação externada publicamente pelo presidente Jair Bolsonaro em relação à dificuldade de importar fertilizantes da Rússia e da Ucrânia foi considerada pelo encarregado de Negócios da Embaixada dos Estados Unidos, Douglas Koneff, como um "mal-entendido". O chefe de Estado brasileiro chegou a pôr em dúvida o futuro da próxima safra por causa das sanções impostas pelos EUA à Rússia por causa da invasão à Ucrânia.

"Fertilizantes não são parte das sanções econômicas, e acho que, como você tem visto, o Brasil continua a receber fertilizantes da Rússia", declarou o diplomata. Koneff explicou que há exceções às sanções econômicas que incluem bens agrícolas, suprimentos médicos e bens humanitários.

Nesta semana, Bolsonaro declarou que o país tem fertilizantes garantidos "até o início do ano que vem", e que quase 26 navios russos aportaram no país trazendo os produtos. Dias antes, o presidente chegou a acionar a Organização Mundial de Comércio (OMC) e o Conselho de Segurança das Nações Unidas para pedir a livre passagem dos navios russos.

Koneff acrescentou, porém, que os países do continente americano precisam ser menos dependentes de fertilizantes importados. Informou que já estão sendo tomadas medidas nesse sentido, como a transferência de tecnologia para o setor e o estímulo à ampliação das relações de comércio nos setores de alimentos e insumos agrícolas. "Uma das formas pelas quais tentaremos resolver esse problema é desenvolvendo boas cadeias regionais de suprimentos", explicou o encarregado, citando viagens do atual ministro de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes, ao Canadá e aos Estados Unidos.

"No final deste mês, nós vamos iniciar uma troca de especialistas. Vamos trazer cientistas de alimentos dos Estados Unidos para falar sobre como aumentar a eficiência dos fertilizantes. Isso vai tornar o Brasil menos dependente da importação", finalizou. (VD e VC)

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