O Poder nevrálgico para Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro encerra a semana com as portas reabertas para reaproximação com os Estados Unidos, "quebra de gelo" com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, e perspectiva de aprovação do projeto que estabelece um teto para o ICMS de combustíveis e energia, defendido pelo governo. Porém, a relação com o Poder Judiciário continua repleta de derrotas. Dois de seus aliados perderam o mandato por decisão judicial esta semana, Fenando Francischini, deputado estadual do Paraná, e Valdevan Noventa (PL-SE), cassado por abuso do poder econômico. Ninguém tem dúvidas de que, na relação entre os Poderes, Bolsonaro não desistirá do enfrentamento com os ministros do STF.
Em tempo: na comitiva brasileira, houve quem comentasse que o ministro do STF Luís Roberto Barroso, ao dar cinco dias para o governo responder sobre o desaparecimento do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo, quis "entrar numa seara que o governo já está trabalhando". Diplomatas, aliás, consideram que o presidente respondeu bem em relação ao caso. Agora, a ordem é apertar a ação das autoridades na Amazônia e a investigação, para dar uma resposta que não deixe dúvidas sobre a ação do governo brasileiro contra criminosos.
Todos divididos
À exceção do PT, fechado com a eleição de Lula, e do PL, que está firme com Jair Bolsonaro, os demais partidos estão para lá de divididos na corrida presidencial. O MDB, por exemplo, dará a candidatura a Simone Tebet na convenção, mas não caminhará unanimemente para fazer dela presidente da República. A política é terra de Murici, cada um por si.
Só se...
Há quem diga que essa situação só mudará quando todos os partidos forem obrigados a lançar candidato a presidente, deixando as alianças para um segundo turno.
Imagem é tudo
A Polícia Rodoviária Federal passou a sexta-feira tentando subir a #PRFparaTODOS. Depois do caso de Genivaldo Santos — morto por asfixia, após ser colocado dentro de uma viatura transformada em câmara de gás —, a PRF trabalha para restaurar a imagem. Os tuites nas últimas 24 horas destacam que os policiais rodoviários atuaram muito tanto no desastre de Brumadinho, quanto na pandemia.
E o teto do ICMS, hein?
A Federação Nacional das Associações de Fiscais de Tributos Estaduais (Febrafite) aumenta a pressão de parte dos governos estaduais contra o PLP 18, que fixa um teto de ICMS para os combustíveis. "Improvisada, oportunista, eleitoreira, errática e inconsequente" são os adjetivos mais leves que as associações usam para classificar a proposta. A pressão vai continuar até a votação. O governo, porém aposta na aprovação no Dia de Santo Antônio, segunda-feira.
Só alegria/ O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (foto), respira aliviado com o fato de a Procuradoria Geral da República ter pedido o arquivamento da denúncia contra ele feita na CPI da Covid. "O relatório da CPI da covid não possui materialidade. Foi baseado em narrativas desmontadas uma a uma", disse ele, com o discurso pronto para a campanha reeleitoral que enfrentará no Paraná.
As apostas do MDB/ O Maranhão do ex-presidente José Sarney é um dos estados que o partido joga suas fichas em busca de uma bancada parlamentar poderosa para o próximo ano. Os cálculos indicam que Roseana Sarney pode levar, pelo menos, quatro deputados federais a sua nominata, em outubro.
Por falar em MDB.../ O comando do partido desdenha das declarações do deputado Osmar Terra, que disse com exclusividade ao Blog que o MDB gaúcho não apoiará a candidatura de Eduardo Leite ao governo do Rio Grande do Sul. Em conversas reservadas, muitos afirmam que Osmar trabalha por Jair Bolsonaro e Onyx Lorenzoni, pré-candidato a governador, ou seja, "contra o MDB".
Uberlândia em litígio/ Depois de algumas viagens do presidente Jair Bolsonaro a Uberlândia, a semana que vem será a vez de Lula testar sua popularidade na cidade, ao lado do pré-candidato do PSD ao governo de Minas Gerais, Alexandre Khalil. Os bolsonaristas juram que a região do triângulo será favorável à reeleição do presidente.
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